Grupamento de Intervenção Tática controla rebeliões em 15 minutos.
GIT foi criado em 2004, quando uma rebelião deixou mais de 30 mortos.
As forças de segurança do Rio estão intensificando até nos presídios do estado os treinamentos para os Jogos Olímpicos de 2016. Na última quinta-feira (21), o G1 acompanhou uma série de simulações realizadas pelo Grupamento de Intervenção Tática (GIT) da secretaria de estado de Administração Penitenciária (Seap). O grupamento é especializado em controlar possíveis situações de crise dentro dos presídios do Rio: de acordo com a direção do grupo, os agentes são capazes de controlar um ambiente de rebelião num presídio em tempo médio de 15 minutos.
Os episódios lembraram os momentos iniciais do filme Tropa de Elite 2, quando policiais militares do Batalhão de Ações Especiais (Bope) tentam resgatar um refém de uma rebelião. Um dos locais utilizados para a simulação é o mesmo do longa-metragem – a unidade prisional Laércio da Costa Pellegrino, conhecida como Bangu 1 -, mas desta vez quem estava em ação eram os inspetores penitenciários do grupamento.
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Três tipos de situação foram reproduzidas pela tropa de elite: varredura de uma penitenciária, resgate de ferido durante uma rebelião e a invasão de uma unidade prisional após ter a entrada principal tomada por detentos. Para o Grupamento de Intervenção Tática, Cláudio Barbosa Andrade, o constante aprimoramento tático, com treinamentos do tipo, é essencial para a formação do inspetor. Ele afirmou aprovou o desempenho do grupo durante o treino acompanhado pelo G1.
(Foto: Matheus Rodrigues/ G1)
Ele explicou ainda como funciona o dia a dia dos agentes — para prevenir eventuais rebeliões durante grandes eventos, o treinamento é intensificado. “A rotina do grupamento já é baseada em treinamentos. Mas por conta dos jogos olímpicos o treinamento está sendo intensificado em busca de prestar um atendimento melhor a nossa sociedade. A gente passa por um processo seletivo, que vai desde a prova de conhecimentos específicos, testes físicos, capacitação psicológica, tiro e depois todos os candidatos são submetidos a um treinamento de aproximadamente três meses. Ai sim, o candidato pode ser integrante do Grupamento de Intervenções Táticas”, afirmou.
Matheus Rodrigues/ G1)
Rebeliões no Rio
O GIT foi criado em 2004, no mesmo ano em que uma rebelião deixou mais de 30 mortos em uma casa de custódia em Benfica, na Zona Norte. Outro motim que ficou marcado na segurança pública do Rio, foi o episódio em Bangu 1, em 2002. Neste último, o protagonista foi o traficante Fernandinho Beira-Mar, condenado a 120 anos de prisãopor ter cometido quatro homicídios durante a rebelião.
Matheus Rodrigues/ G1)
O chefe do GIT, Cláudio Andrade, afirmou que o grupamento passou por um período de adaptação e com alguns incidentes graves. Porém, nenhum não há registro de nenhum episódio grave a partir de 2008.
“Desde 2008 a gente não tem nenhum histórico de uma rebelião de grande vulto envolvendo refém dentro da nossa secretaria. A gente pode dizer que depois da criação do nosso grupamento, a gente teve um cenário crítico nos primeiros anos e depois da presença do grupamento a gente conseguiu diminuir esse número de rebeliões no estado”, disse.
Fonte: G1
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