Os trabalhadores do Castelo de Windsor, residência oficial da rainha Elizabeth II durante os fins de semana, estão descontentes por realizarem atividades extras sem remuneração
Os funcionários do Castelo de Windsor, na Inglaterra, votaram a favor de uma greve no fim do mês para protestar contra as atividades adicionais que não estão incluídas no contrato e não são remuneradas, segundo informou nesta quinta-feira a imprensa britânica. Será a primeira vez na história da monarquia britânica que os trabalhadores de uma das residências oficiais da Família Real vão realizar uma greve, noticia a imprensa local.
Os membros do sindicato Public and Commercial Services (serviços públicos e comerciais) realizaram uma votação entre os empregados do castelo, localizado nos arredores de Londres, para saber se estariam dispostos a começar uma greve. O “sim” contou com o apoio de 84%. Os 76 empregados envolvidos trabalham na entrada, no interior e nos arredores do castelo localizado na cidade de Windsor, que fica na área oeste de Londres.
Os trabalhadores do castelo reclamam de atividades como as visitas guiadas oferecidas aos turistas, que têm de ser feitas sem remuneração e não estavam previstas em seus contratos de trabalho. Descontentes, eles passaram a enfrentar a Royal Collection Trust (tutela das propriedades reais), a organização que administra o patrimônio da família real britânica.
O castelo é a residência da rainha Elizabeth II durante os fins de semana e possui uma área de 44.965 metros quadrados. Um dos porta-vozes do sindicato Public and Commercial Services, Mark Serwotka, afirmou que os trabalhadores são “a cara visível” do Castelo de Windsor e disse que com a iniciativa enviaram uma mensagem “alta e clara” à Royal Collection Trust.
“Os empregados devem ser pagos com um salário adequado a suas tarefas para que possam atender a todos os visitantes de diferentes partes do mundo que visitem o castelo”, disse Serwotka. A Royal Collection Trust reagiu ao resultado da votação e afirmou que as tarefas denunciadas pelos empregados sempre foram “voluntárias”. A organização também afirmou que desde o ano passado negocia para chegar a um acordo de aumento salarial com os trabalhadores do castelo.
Fonte: VEJA
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