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Forças israelenses matam palestino em confrontos na Cisjordânia

        Um palestino morreu nesta segunda-feira (14) em confrontos com o exército israelense na cidade de Hebron, ao sul da Cisjordânia, anunciou a família.

A vítima, identificada como Munir Ahmed Badarin, com idade por volta de 20 anos, foi atingido por tiros em confrontos perto de Al-Samua e morreu pouco depois no hospital.

  • O exército israelense não comentou a notícia da morte, mas anunciou a detenção de 23 palestinos na Cisjordânia durante a madrugada, como parte de uma operação para encontrar os responsáveis pelo sequestro e assassinato de três israelenses no mês passado.

Estes crimes, que Israel atribuiu ao grupo radicalHamas, e que foram seguidos pelo assassinato de um jovem por extremistas judeus, desencadearam o atual conflito entre Israel e o Hamas em Gaza.

A ofensiva israelense na Faixa de Gaza deixou 172 palestinos mortos, em sua maioria civis, até o momento.

Nesta segunda-feira, o governo da Arábia Saudita anunciou uma ajuda de emergência de 53,3 milhões de dólares às vítimas dos bombardeios israelenses na Faixa de Gaza.

        Escalada de violência
A mais recente escalada de tensão e violência entre israelenses e palestinos começou com o desaparecimento de três adolescentes israelenses no dia 12 de junho na Cisjordânia. Eles foram sequestrados quando pediam carona perto de Gush Etzion, um bloco de colônias situado entre as cidades palestinas de Belém e Hebron (sul da Cisjordânia) para ir a Jerusalém.

O governo israelense acusou o movimento islamita Hamas, que controla a Faixa de Gaza, do sequestro. O Hamas não confirmou nem negou envolvimento. Israel deslocou um grande contingente militar para a área da Cisjordânia, principalmente na cidade de Hebron e arredores. Dezenas de membros do Hamas foram detidos, e foguetes foram disparados da Faixa de Gaza contra Israel.

Os corpos dos três jovens foram encontrados em 30 de junho, com marcas de tiros. Analistas sustentam que eles foram assassinados na noite de seu desaparecimento.

A localização dos corpos aumentou a tensão, com Israel respondendo aos disparos feitos por Gaza. No dia seguinte, 1º de julho, um adolescente palestino foi sequestrado e morto em                Jerusalém Oriental. A autópsia indicou posteriormente que ele foi queimado vivo.

Israel prendeu seis judeus extremistas pelo assassinato do garoto palestino, e três dos detidos confessaram o crime. Isso reforçou as suspeitas de que a morte teve motivação política e gerou uma onda de revolta e protestos em Gaza.

No dia 8 de julho, após um intenso bombardeio com foguetes contra o sul de Israel por parte de ativistas palestinos, a aviação israelense iniciou dezenas de ataques aéreos contra a Faixa de         Gaza. A operação, chamada “cerca de proteção”, tem como objetivo atacar o Hamas e reduzir o número de foguetes lançados contra Israel, segundo um porta-voz israelense.

Os militantes de Gaza responderam aos ataques, disparando foguetes contra Tel Aviv. Por enquanto, só houve registro de mortes entre os palestinos – o sistema antimísseis israelense interceptou boa parte dos disparos lançados contra seu território.

Os combates são os mais sérios entre Israel e os militantes de Gaza desde a ofensiva de seis dias em 2012.

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Gomes Oliveira

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