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Fitch rebaixa nota do Brasil – Por Sílvio Persivo

Os bons efeitos da poção mágica. “O vinho é um composto mágico: mata a sede, mata a vontade, mata a saudade. Faz nascer o calor, acende a paixão, desperta o amor. Traz luz para a vida, sabedoria, bom gosto, desejo. Alegra a mesa, acorda o homem, solta a mulher…” (Carolina Salcides).

MUDANÇAS NO FNO PODEM PREJUDICAR INVESTIMENTOS NA REGIÃO
As regras para obtenção de empréstimos através do Fundo Constitucional do Norte (FNO) mudaram com a edição da Medida Provisória nº 812, de 26 de dezembro de 2017. Agora os juros pagos pelo produtor rural, empresário ou consumidor são pós-fixado e não pré-fixado, como realizado em anos anteriores, o que vem desagradando a todos porque, embora pareça interessante no momento, traz incerteza a respeito do custo futuro. Tanto a Federação do Comércio de Bens, Serviços e Turismo do Estado de Rondônia-Fecomércio/RO como a Federação das Associações Comerciais e Industriais de Rondônia (FACER) já se pronunciaram considerando que as mudanças são prejudiciais para quem precisa de crédito para impulsionar os seus investimentos. A Fecomércio/RO inclusive fez uma carta aos parlamentares pedindo apoio para as emendas da senadora Vanessa Grazziotin, do Amazonas, que tenta corrigir os problemas da MP. Para a entidade, a medida provisória pode gerar diminuição dos investimentos e do crescimento da região e coloca em risco as instituições financeiras, inclusive o Banco da Amazônia, responsável por 72% do crédito de fomento estadual. Na prática, com os juros pré-fixados, o tomador do financiamento sabia exatamente os valores que deveria pagar para honrar seus compromissos, o que não acontece mais e também a menor taxa de administração estabelecida pela MP nº 812/17 fará os bancos terem muito mais seletividade e, talvez, impeça mesmo os empréstimos. Além disso registrou-se mudanças Taxas de Juros; no Bônus de Adimplência, Prazo do Capital de Giro Isolado, Financiamento de Investimento com Capital de Giro Associado e Recursos para Inovação. Os empresários estão aguardando qual será o posicionamento dos senadores e deputados da bancada de Rondônia no Congresso, para que tais mudanças não sejam efetivadas em detrimento da economia do nosso Estado.

AINDA A TRANSPOSIÇÃO SE ARRASTANDO
As emendas à Medida Provisória nº 817, de nº 001 e 008, que foram apresentadas pelo senador Valdir Raupp e a emenda nº 077, apresentada pela deputada Marinha Raupp, para confirmar o direito à transposição aos aposentados, aos pensionistas e aos servidores contratados antes de 15 de março de 1987, mas que fizeram concurso para o mesmo cargo ou para cargo equivalente, já estão sendo examinadas pelo relator. A propositura dessas emendas foi sugerida pela direção do Sintero para conceder aos servidores de Rondônia os mesmos direitos concedidos aos servidores de Roraima e do Amapá, pois o governo federal estava indeferindo a transposição desses trabalhadores. A grande realidade é que, apesar dos esforços dos nossos dirigentes e parlamentares, o governo federal faz de tudo para atrasar os direitos que deram aos outros estados da região. É difícil entender as razões.

MELHORA A EXPECTATIVA DOS EMPRESÁRIOS DO COMÉRCIO
A verdade é que a melhora da economia, que se reflete em alguns indicadores, ainda não foi assimilada pelo consumidor, embora já se reflita na percepção dos empresários. Em Porto Velho o Índice de Confiança dos Empresários do Comércio-ICEC, por exemplo, subiu de 117,6 pontos para 118,6 pontos de janeiro para fevereiro, um crescimento de 0,8%, o que, se não é muito, mostra que a expectativa dos empresários melhora mesmo que não reflita ainda as sensíveis melhorias imediatas, como aumento dos investimentos e na geração de postos de trabalho, queda da taxa de juros e da inflação. Para o presidente da Federação do Comércio de Bens, Serviços e Turismo do Estado de Rondônia, Raniery Araujo Coelho, “De qualquer forma já existe um ânimo maior entre os empresários e as vendas da Páscoa e, logo em seguida, a Copa do Mundo devem influenciar positivamente as vendas. O comércio este ano terá um resultado melhor”.

RAUL JUNGMANN SERÁ MINISTRO DA SEGURANÇA
O presidente Michel Temer anunciou, nesta segunda-feira, a medida provisória criando o Ministério Extraordinário da Segurança Pública, que será comandado pelo atual ministro da Defesa, Raul Jungmann. O general Joaquim Silva e Luna, atual secretário-geral do Ministério da Defesa, assumirá interinamente a pasta no lugar de Jungmann.

PRODUÇÃO INDUSTRIAL APRESENTA MENOR QUEDA PARA JANEIRO DESDE 2014
Segundo a Confederação Nacional da Indústria (CNI), com base na Sondagem Industrial, a produção industrial de janeiro teve a menor queda no mês desde 2014. O índice, que abaixo de 50 demonstra recuo em relação ao mês anterior, ficou em 48,4 pontos em janeiro. Para a CNI, a queda na produção em janeiro e em dezembro era esperada: “A produção industrial costuma ser menor nesses meses devido ao fim das encomendas para as vendas de fim de ano”. Em 2017, o índice foi 44,2 pontos. Quanto mais distante de 50, maior a queda. Em 2016, chegou a 39,7 pontos; em 2015, a 42,7; e em 2014, a 47,4 pontos. Em 2013, o índice foi maior que em 2018: 48,6 pontos. Assim como a produção, o emprego nas indústrias também diminuiu. O índice fechou em 48,6 pontos em janeiro de 2018. A queda, porém, foi a menos intensa dos últimos quatro anos para o mês de janeiro.

FITCH REBAIXA NOTA DO BRASIL
A desistência de fazer a Previdência, o buraco nas contas públicas e uma grande indefinição em relação aos candidatos à presidência na eleição de outubro, foram determinantes para o Brasil voltar a ter sua nota rebaixada por uma agência de classificação de risco. Depois de a Standard & Poor’s já ter feito isto no início de janeiro, agora, foi a vez de a Fitch reduzir a nota brasileira, de BB para BB-. Com isto, o País ficou três níveis abaixo do chamado “grau de investimento” uma espécie de selo que mostra que um país tem risco baixo de dar calote em sua divida. De acordo com a Fitch, o fim da possibilidade de votação da reforma previdenciária, com a intervenção federal no Rio, representou um “importante revés”, mina a confiança de médio prazo nas finanças públicas e no compromisso político do governo em perseguir o ajuste fiscal.

FONTE: SÍLVIO PERSIVO

COLUNISTA TEIA DIGITAL –  PROFESSOR EM ECONOMIA

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