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Fiocruz identifica mutações e linhagens inéditas do coronavírus em Rondônia

Diagnóstico laboratorial de casos suspeitos do novo coronavírus (2019-nCoV), realizado pelo Laboratório de Vírus Respiratório e do Sarampo do Instituto Oswaldo Cruz (IOC/Fiocruz), que atua como Centro de Referência Nacional em Vírus Respiratórios para o Ministério da Saúde

Até o momento, não há informações se as mudanças tornam a doença mais grave

De acordo com pesquisadores da Fiocruz em Rondônia, foram encontradas 41 mutações do Sars-CoV-2 que criaram linhagens inéditas do coronavírus no estado. As amostras do vírus analisadas foram colhidas entre dezembro de 2020 e janeiro de 2021 em Porto Velho, capital, e em municípios do interior.

Os pesquisadores encontraram mutações em três variantes que circulam no Brasil, a P.2, B.1.1.28 e B.1.1.33. Entre as mutações verificadas, há seis na proteína spike, que é usada pelo vírus para invadir as células. Até o momento, os estudos feitos sobre mutações semelhantes a estas mostram que o vírus vai fica mais transmissível, pode ser resistente às vacinas e até causar reinfecções.

“Algumas alterações específicas no gene S podem trazer um efeito de maior transmissibilidade e a possibilidade de reinfecção em casos isolados. Essas mutações estão presentes nas principais variantes emergentes e tornam-se motivo de preocupação. A variante P.2 possui uma mutação importante denominada de E484K, associada a um maior efeito de transmissibilidade e possivelmente a casos de reinfecção”, explicam os pesquisadores em documento enviado ao UOL.

A variante de Manaus é chamada de P.1 e teve mutações na proteína spike que a tornaram mais contagiosa. Os cientistas afirmam que ainda não é possível dizer se as variantes de Rondônia tornaram o vírus mais transmissível ou se causam uma doença mais grave nos pacientes. A maior preocupação no momento é que, no caso de maior transmissibilidade, o impacto no sistema de saúde do estado, que já está pressionado, aumente.

“É importante ressaltar que algumas mutações que acontecem em genes específicos do vírus podem trazer um efeito negativo no combate e controle da pandemia”, dizem os pesquisadores. Uma das hipóteses levantadas pelo time é que algumas destas novas mutações dificultem o diagnóstico do vírus.

A equipe se assustou com a quantidade de mutações. No primeiro estudo genômico feito pela Fiocruz Rondônia, entre abril e maio de 2020, foram encontradas 22 mutações. Agora, o número é quase o dobro.

“Esse estudo mostrou a necessidade de uma vigilância genômica e dos cuidados das pessoas: quanto mais gente circulando desnecessariamente, não respeitando o distanciamento, maior facilidade haverá para criar novas variáveis”, afirma Deusilene Vieira, uma das responsáveis pela pesquisa.

FONTE: METROPOLES.COM

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Marcio Martins martins

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