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Filhos e enteados de Jucá são alvos de operação da PF que apura desvio de R$ 32 milhões

Bras’lia - A Pol’cia Federal (PF) prendeu, na manh‹ de hoje (29), pelo menos 20 pessoas, durante a Opera‹o Monte Carlo, que desmontou uma quadrilha que explorava m‡quinas caa-n’queis e pagava propina para agentes pœblicos de segurana. Entre os presos est‡ o chefe do grupo, Carlinhos Cachoeira, empres‡rio de Goi‰nia. os Agentes chegam ˆ sede da PF com material apreendido e pessoas detidas na Opera‹o Monte Carlo

Policiais cumprem 17 mandados de busca e condução coercitiva na manhã desta quinta (28) em RR, MG e no DF. Investigadores apuram supostas irregularidades em empreendimentos em Boa Vista.

A Polícia Federal (PF) deflagrou na manhã desta quinta-feira (28) uma operação, batizada de Anel de Giges, para cumprir mandados de busca e apreensão e condução coercitiva (quando a pessoa é obrigada a ir prestar depoimento) contra filhos e enteados do líder do governo no Senado e presidente nacional do PMDB, Romero Jucá (RR).

Nesta manhã, dois carros da Polícia Federal foram à casa do filho de Romero Jucá, o ex-deputado Rodrigo Jucá. Agentes recolhem documentos dentro da moradia, que fica no bairro Paraviana, em área nobre de Boa Vista. O advogado de Rodrigo Jucá, Emerson Delgado, esteve no endereço mas não quis dar declarações à imprensa.

A PF também esteve em uma fazenda onde mora Luciana Surita, ex-enteada de Jucá. O endereço é onde também vive a mãe dela, a prefeita de Boa Vista e ex-mulher do senador, Teresa Surita (PMDB), que não é alvo da operação.

Nessa fazenda, o marido de Luciana Surita foi preso em flagrante por posse ilícita de um fuzil de caça 7,62 e uma pistola 45 sem registros e munições. As informações são da repórter da TV Globo Camila Bomfim.

A assessoria da PF informou que, durante a investigação, foi identificado o desvio de R$ 32 milhões dos cofres públicos com o superfaturamento da compra da Fazenda Recreio – propriedade localizada em Boa Vista – e com a construção do empreendimento Vila Jardim, projeto financiado com recursos do programa Minha Casa Minha Vida na capital de Roraima.

Em Brasília, Romero Jucá deu uma breve declaração a jornalistas no Congresso Nacional e disse que “ninguém” vai intimidá-lo.

Segundo a 4ª Vara da Justiça Federal em Roraima, o processo que culminou na operação Anel de Giges tramita em sigilo.

O líder do governo no Senado, Romero Jucá (Foto: Mateus Bonomi/Agif/Estadão Conteúdo)

O líder do governo no Senado, Romero Jucá (Foto: Mateus Bonomi/Agif/Estadão Conteúdo)

Romero Jucá é investigado pela Operação Lava Jato, mas as diligências cumpridas nesta quinta não têm relação direta com o parlamentar de Roraima. Os alvos da operação Anel de Giges não têm foro privilegiado.

Os nomes dos suspeitos não haviam sido divulgados até a última atualização desta reportagem. O G1 ainda não conseguiu contato com a assessoria do líder do governo no Senado.

Responsável pela defesa de Jucá na Lava Jato, o advogado Antonio Carlos de Almeida Castro informou à GloboNews que o escritório dele acompanhou, em Brasília, a condução coercitiva de duas filhas do senador do PMDB.

PF cumpre mandado de busca e apreensão em endereço de familiares do senador Romero Jucá (PMDB), em Roraima (Foto: Arquivo pessoal)

PF cumpre mandado de busca e apreensão em endereço de familiares do senador Romero Jucá (PMDB), em Roraima (Foto: Arquivo pessoal)

Ainda de acordo com a Polícia Federal, há indícios de irregularidades na fiscalização e aprovação do empreendimento Vila Jardim por parte de funcionários da Caixa Econômica Federal.

Ao todo, os policiais federais cumprem 17 mandados judiciais: 9 de busca e apreensão e 8 de condução coercitiva. As diligências ocorrem em Boa Vista, Brasília e Belo Horizonte.

Segundo a assessoria da PF, os investigadores conduziram coercitivamente os suspeitos para prestarem esclarecimentos sobre as suspeitas de crimes de peculato, lavagem de dinheiro e organização criminosa envolvendo a Fazenda Recreio.

Residencial Vila Jardim (Foto: Roque Neto/Rede Amazônica Roraima)

Residencial Vila Jardim (Foto: Roque Neto/Rede Amazônica Roraima)

A operação foi batizada de Anel de Giges inspirada na citação em um dos livros da obra “A República”, de Platão, em que é discutido o tema da Justiça. O Anel de Giges, de acordo com a PF, permite ao seu portador que fique invisível e cometa ilícitos sem consequências.

* Colaboraram o G1 Brasília e Roraima

Fonte: G1

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