Bangladesh se encontra em estado de alerta desde o ataque em Daca.
Criminoso foi morto após explosão.
Dois policiais morreram nesta quinta-feira (7) e seis pessoas ficaram feridas após explosões e de um tiroteio durante a realização no distrito de Kishoreganj, no norte do de Bangladesh. De acordo com a France Presse, o criminoso foi morto a tiros.
De acordo com a France Presse, o incidente aconteceu em uma escola próxima do local onde pelo menos 250 mil pessoas estavam reunidas para comemorar o Eid al-Fitr, festividade muçulmana que marca o fim do mês sagrado do Ramadã.
“A reunião dos fiéis não foi afetada pelos confrontos”, disse à AFP Azimuddin Biswas, administrador do distrito.
O encontro em Kishoreganj é o maior deste tipo em Bangladesh, um país de maioria muçulmana com 160 milhões de habitantes.
O chefe de polícia do distrito da região afirmou que criminosos detonaram bombas e a polícia reagiu com tiros.
Até o momento nenhum grupo reivindicou o ataque. Na madrugada do sábado (2), o grupo Estado Islâmico matou 20 reféns e dois policiais em uma ação contra um restaurante do bairro diplomático de Daca. Todas as vítimas, incluindo 18 estrangeiros, foram mortas a golpe de facões.
Bangladesh se encontra em estado de alerta desde o ataque em Daca. Nas celebrações do Eid al-Fitr, líderes religiosos fizeram um apelo a favor da paz. Na capital do país, a maior cerimônia religiosa pelo fim do Ramadã reuniu mais de 50 mil pessoas.
A polícia utilizou equipamentos e cães farejadores para detectar bombas. Os fiéis foram proibidos de carregar bolsas e foram obrigados a esperar uma hora antes de entrar no local da cerimônia.
O país também enfrenta desde o início do ano uma onda de assassinatos de intelectuais, membros de minorias religiosas e blogueiros ateus, em atos reivindicados pelo Estado Islâmico e por um braço da Al-Qaeda.
Porém, o governo se nega a admitir a presença de redes extremistas internacionais em seu território. O Executivo atribuiu o ataque de Dacca a um grupo islamita local que é considerado ilegal há 10 anos.
O ministro da Informação, Hasanul Haq Inu, afirmou que o ataque é uma tentativa de derrubar a primeira-ministra Sheikh Hasina.
“Não sabemos a que grupo pertencem, mas são supostos membros de um grupo terrorista extremista. São contrários às práticas religiosas normais do país. Estão contra o islã, a religião e o governo. Eles têm uma agenda política e religiosa”, completou.
Em junho, o governo iniciou uma operação contra os jihadistas locais e mais de 11 mil pessoas foram detidas. Para os críticos do governo, as detenções foram arbitrárias ou pretendiam calar os opositores políticos.
Fonte: G1
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