Teria recebido propina da Odebrecht, 4 mandados de busca foram expedidos
A força-tarefa do MPF (Ministério Público Federal) na Lava Jato e a Polícia Federal deflagraram na manhã desta 2ª feira (7.dez.2020) a operação Fim do Túnel.
O objetivo é investigar supostos crimes cometidos por Júlio Lopes, ex-deputado e ex-secretário de Transportes do Rio de Janeiro. Ele ocupou o cargo no governo fluminense durante a gestão de Sérgio Cabral, atualmente preso no Complexo Penitenciário de Gericinó.
A pedido do MPF, a 7ª Vara Federal Criminal do Rio de Janeiro expediu 4 mandados de busca e apreensão em endereços ligados a Lopes e a João Maurício Ottoni, apontado como operador do ex-secretário.
A ação é um desdobramento das operações Tolypeutes, Ponto Final e Fatura Exposta. A Receita Federal também participa da operação.
De acordo com o MPF, de junho de 2010 a novembro de 2014, o ex-secretário recebeu vantagens indevidas no valor de cerca de R$ 6,5 milhões pagas pela Odebrecht.
Segundo as investigações, Lopes teria recebido propina em troca de facilitar a licitação, contratação e execução das obras de construção da Linha 4 do Metrô do Rio de Janeiro.
Os promotores também afirmam que, de julho de 2010 a março de 2015, Júlio Lopes recebeu ao menos R$ 7,6 milhões pagos pela Fetranspor em troca de vantagens no ressarcimento dos valores do Bilhete Único para a empresa.
A operação ainda mira supostos crimes cometidos por Lopes quando ele exercia o cargo de deputado na Câmara, em Brasília. A investigação aponta que ele teria recebido 3 parcelas de R$ 250 mil de um empresário da saúde para exercer influência no Into (Instituto Nacional de Traumatologia e Ortopedia).
FONTE: PODER 360
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