Léo Pinheiro cumpre prisão domiciliar e foi preso nesta segunda-feira (5).
Ele também foi alvo de mandado de condução pela Operação Greenfield.
O ex-presidente da OAS José Aldemário Pinheiro, conhecido como Léo Pinheiro, foi preso em São Paulo pela Operação Lava Jato na manhã desta segunda-feira (5). Ele cumpre prisão domiciliar e também foi alvo de um mandado de condução coercitiva, também nesta segunda, na Operação Greenfield, que investiga irregularidades nos principais fundos de pensão do país.
O empresário já tinha sido preso na 7ª fase da Lava Jato, em novembro de 2014, e atualmente cumpria prisão domiciliar. Ele já foi condenado pela Justiça Federal, em primeira instância, a 16 anos e quatro meses de prisão acusado de cometer os crimes de corrupção ativa, lavagem de dinheiro e organização criminosa. O investigado será trazido para a Superintendência da PF, em Curitiba.
No despacho, o juiz Sérgio Moro, responsável pelos processos da Lava Jato na primeira instância, destacou que tramitam ainda diversas investigações perante a Justiça do Paraná e perante oSupremo Tribunal Federal (STF) envolvendo supostas irregularidades de Léo Pinheiro, especialmente relativas a pagamentos de propinas a agentes públicos e políticos.
Entre elas, Moro cita a investição envolvendo suposto pagamento de vantagem indevida ao ex-presidente da república Luiz Inácio Lula da Silva pela OAS, com supervisão direta de José Adelmário Pinheiro Filho, na forma de entrega e reforma de apartamento triplex em empreedimento imobiliário. O ex-presidente Lula nega as acusações.
No despacho da prisão, Moro afirma ainda que há provas, em cognição sumária, de que Léo Pinheiro teria ordenado o pagamento de propina ao ex-senador Gim Argello para obstrução dos trabalhos de investigação da Comissão Parlamentar Mista de Inquérito (CPMI) da Petrobras, em 2014. De acordo com o juiz, foram acertados R$ 5 milhões e, em princípio, foi rastreado documentalmente o pagamento de R$ 350 mil.
Pinheiro teve sua delação suspensa pelo Procurador Geral da República, Rodrigo Janot, após o vazamento de um trecho que estaria no conteúdo da colaboração envolvendo o ministro Dias Toffoli, do Supremo Tribunal Federal (STF).
Ele já tinha assinado um termo de confidencialidade, que é a fase ainda inicial da delação, mas ainda não havia firmado o acordo propriamente dito.
Mensagens
Em janeiro, o G1 e a TV Globo tiveram acesso a mensagens de celular trocadas entre Léo Pinheiro e diversos interlocutores, que mostravam que a rede de contatos do executivo abrangia integrantes dos três poderes da República – Executivo, Legislativo e Judiciário.
As mensagens estavam em celulares apreendidos pela Polícia Federal e fazem parte das investigações da Lava Jato.
Entre as centenas de mensagens obtidas pela Polícia Federal após a prisão e apreensão dos celulares de Pinheiro, há contatos diretos do empreiteiro com autoridades e referências a políticos em mensagens trocadas com outras pessoas.
Na troca de mensagens, políticos chegam a cobrar o repasse de recursos que teriam sido prometidos pelo ex-presidente da OAS.
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Fonte: G1
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