Steve Bannon se negou a testemunhar em investigação sobre o ataque ao Capitólio por apoiadores do ex-presidente republicano
Steve Bannon, ex-assessor de Donald Trump na Casa Branca, foi condenado nesta sexta-feira (21) a quatro meses de prisão por se negar a testemunhar em uma investigação do Congresso sobre o ataque ao Capitólio por apoiadores do ex-presidente republicano em 6 de janeiro de 2021.
A sentença, que inclui uma multa de US$ 6.500,00 (R$ 33,6 mil) ficará suspensa se Bannon recorrer da decisão, afirmou o juiz Carl Nichols no tribunal federal de Washington.
Bannon foi condenado em julho por duas acusações de desacato ao Congresso por não fornecer documentos ou prestar depoimento. Cada uma das duas acusações poderia ocasionar um mínimo de um mês e máximo de um ano de prisão e multa de até US$ 100 mil (R$ 518,2 mil).
Na última segunda-feira (21), os promotores pediram ao juiz que sentenciasse Bannon a seis meses de prisão, enquanto os advogados do ex-assessor buscavam a liberdade condicional dele.
O promotor J.P. Cooney disse na audiência de sexta-feira que Bannon escolheu desrespeitar o Congresso. Ele “não está acima da lei, e é isso que torna este caso importante”, afirmou Cooney.
O ex-assessor se recusou a se dirigir ao juiz antes da sentença nesta sexta-feira.
Bannon, de 68 anos, foi um dos principais assessores da campanha presidencial do republicano Trump em 2016, depois atuou como estrategista-chefe da Casa Branca em 2017, antes de uma briga entre eles que mais tarde foi apaziguada. Ele ainda ajudou a articular o populismo de direita”America First” (“América Primeiro”, em tradução livre) e a forte oposição à imigração que ajudou a definir o mandato de Trump na Presidência dos EUA.
De acordo com o comitê de 6 de janeiro, Bannon falou com Trump pelo menos duas vezes no dia anterior ao ataque, participou de uma reunião de planejamento em um hotel em Washington e disse em seu podcast de direita que “o inferno vai acontecer amanhã”.
FONTE; R7.COM COM REUTERS E AFP
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