As ameaças da China incluem mísseis ou lasers que podem destruir ou desativar satélites
O Pentágono, sede do Departamento de Defesa dos Estados Unidos (EUA), está se preparando para uma possível guerra no espaço, à medida que a China e a Rússia se aliam e implantam mísseis e lasers que podem destruir satélites e interromper as comunicações militares e civis. As informações são do The Wall Street Journal.
Há muito tempo, os EUA optaram pelo uso de satélites ao invés de armas espaciais tripuladas. Segundo a Defesa Norte-Americana, a física do espaço impossibilita a aproximação furtiva de um inimigo ou a mudança repentina de órbita ou direção.
“Você não pode cavar trincheiras no espaço”, disse Marty Whelan, vice-presidente sênior do Grupo de Sistemas de Defesa da The Aerospace Corp, um grupo de pesquisa financiado pelo governo norte-americano. “Se a dissuasão falhar, você não pode esperar até que algo ruim aconteça para se preparar. Você precisa ter toda a infraestrutura reunida”, disse Whelan, ex-major-general da Força Aérea, que liderou uma revisão estratégica dos sistemas espaciais para o Pentágono e a comunidade de Inteligência.
As ameaças da China variam de mísseis ou lasers lançados do solo, que podem destruir ou desativar satélites norte-americanos, até interferências cibernéticas e ataques no espaço. O país asiático investiu pesadamente em seu programa espacial, com uma estação orbital tripulada, desenvolvendo mísseis terrestres e lasers, bem como mais recursos de vigilância. Isso faz parte de seus objetivos militares mais amplos, de negar aos adversários o acesso a ativos baseados no espaço.
Em resposta, a Casa Branca propôs neste mês um orçamento anual de US$ 30 bilhões para a Força Espacial dos EUA, quase US$ 4 bilhões a mais que em 2022, incluindo a Força Aérea e a Marinha.
Os gastos incluem planos para simuladores e outros equipamentos para treinar os “guardiões”, como são conhecidos os membros da Força Espacial, convocados em momentos específicos. O contingente conta com 16 mil guardiões, encarregados de executar lançamentos de foguetes, satélites e equipamentos de comunicação e sensores terrestres.
A Defesa Norte-Americana acredita que o treinamento será crítico, pois o espaço está cheio de objetos rastreados em órbita, chegando a 48 mil, mais do que dobrando nos últimos quatro anos.
A preocupação do Pentágono com a China não se resume somente ao solo. A China foi considerada pelo governo Biden como o maior perigo para a segurança dos EUA.
Os EUA, a China e a Rússia são signatários do Comitê das Nações Unidas para o Uso Pacífico do Espaço Sideral, incluindo trabalhos científicos. Todos os três também possuem ativos militares significativos no espaço.
FONTE: REVISTA OESTE
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