Governo americano enviou relatório a congressistas com as propostas que estão sendo discutidas, diz jornal estadunidense
O governo do presidente dos Estados Unidos, Joe Biden, está preparando um novo programa que pode proibir investimentos americanos em certos setores na China. A apuração é do jornal americano The Wall Street Journal.
Esse é um novo passo para proteger as vantagens tecnológicas estadunidenses, em meio à disputa crescente entre as duas maiores economias do mundo. As duas nações vivem tensões geopolíticas, com idas e vindas, pelo menos desde 2017.
Órgãos do governo enviaram relatórios ao deputados e senadores do país. No texto, os departamentos disseram que estão considerando um novo sistema regulatório para lidar com o investimento dos EUA em tecnologias avançadas no exterior, que podem representar riscos à segurança nacional.
Os documentos dizem que Biden pode proibir alguns investimentos e, ao mesmo tempo, coletar informações sobre outras aplicações financeiras para informar as etapas futuras.
Os relatórios não identificam setores de tecnologia específicos que o governo Biden considera arriscados. Porém, eles dizem que ramos que poderiam aprimorar as capacidades militares dos rivais seriam o foco do programa.
Pessoas familiarizadas com o trabalho no novo programa esperam que ele cubra: investimentos de capital privado e capital de risco em veículos semicondutores avançados, computação quântica e algumas formas de inteligência artificial.
O objetivo das autoridades é impedir que os investidores americanos forneçam financiamento e conhecimento para empresas chinesas. Isso poderia melhorar a velocidade e a precisão das decisões militares do país comandado pelo ditador Xi Jinping, por exemplo.
Ainda, os documentos enviados aos parlamentares dizem que o programa se concentraria em “impedir que o capital e a experiência dos EUA sejam explorados de maneiras que ameacem a segurança nacional, sem impor um fardo indevido aos investidores e empresas dos EUA”.
Os relatórios também não identificam quais países se enquadrariam nas novas regras. No entanto, os envolvidos esperam que sejam investimentos dos EUA na China.
As autoridades americanas destacaram ainda que esperavam finalizar uma política sobre o assunto em um futuro próximo.
Os embates recentes entre Pequim e Washington vão além de questões de segurança nacional, divergências geopolíticas, abates de balões e espionagem.
Desde os anos 2010, a China se estabeleceu como a segunda maior economia do mundo. O primeiro lugar segue sendo dos Estados Unidos.
Nesse contexto, os dois países estreitaram relações comerciais. Porém, há uma disputa tecnológica e econômica entre as duas nações nos últimos anos.
Quando Donald Trump, do partido Republicanos, esteve na presidência americana, diversas sanções e medidas contra a economia chinesa foram tomadas. Com Joe Biden, do partidos Democratas, as relações entre os dois países até ficou amena no discurso. Porém, ainda há problemas.
FONTE: R7.COM COM ESTADÃO CONTEÚDO
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