Empresário contou que não gravou petista; ele disse que tem medo de morrer
O empresário Joesley Batista, dono da JBS, voltou a falar sobre as propinas que a empresa dele pagava para o políticos. Por ser um empresário de destaque, Joesley contou à revista Veja, que se encontrava com o alto escalão do governo e nessas reuniões se falava em “ajuda” e “propina”. Ele contou que chegou a entregar pessoalmente “coisa de um milhão”.
Atualmente, o empresário diz que raramente saia de casa e que tem medo de morrer por ter decidido revelar o esquema de corrupção.
“Eu tinha noção total de que aquilo estava errado. Só que, por outro lado, eu estava lá com o presidente da Câmara. No ministério da Fazenda, eu não tratava com o Guido Mantega, e sim com o ministro da Fazenda, e ele estava lá comigo tratando coisa errada. Repito: estive no palácio com Dilma, na mesa redonda dela. Não foi com a Dilma, foi com a presidente da República. Falando de coisa errada”.
Em outro trecho da entrevista, o empresário retorna ao assunto e confirma que falou sobre propina com Dilma. “Pô, falei de propina com a presidente na sala da Presidência”.
O dono da JBS também confirmou que não paira dúvidas sobre o conteúdo e a intenção reveladas na gravação oculta que fez da conversa reservada com o presidente Michel Temer no Palácio do Jaburu. “Ele é 100% direto”. “Esse Temer que você vê na televisão é falso. O Temer verdadeiro é o que eu gravei. Aquele Temer que fala sem cerimônia”. “Temer sempre foi muito direto. Ele pedia dinheiro mesmo”.
Joesley reproduziu o que seria a fala do presidente numa conversa privada. “Olha, Joesley, precisava de R$ 3 milhões, precisava de R$ 300 mil para ver um negócio da campanha lá”.
Fonte: R7
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