Equipe superou a Holanda por 2 a 0 e ficou com o título, após fazer campanha irrepreensível, com 100% de aproveitamento
Os Estados Unidos não deram chance para surpresas e venceram a Holanda por 2 a 0, no Parc Olympique Lyonnais, em Lyon, França, conquistando pela quarta vez a Copa do Mundo de Futebol Feminino, diante de espectadores como o presidente da França, Emmanuel Macron, e o rei Guilherme, da Holanda.
Entre as celebridades futebolísticas estavam o craque francês Kylian Mbappé, campeão mundial pela França em 2018.
Os gols foram marcados por Megan Rapinoe, de pênalti, aos 12 minutos do segundo tempo, e Lavelle, destaque do jogo, chutando de fora da área aos 23 da etapa final. Rapinoe foi a artilheira da competição, com seis gols, ao lado da americana Alex Morgan e de Ellen White, da Inglaterra.
A vitória na final premiou a postura da equipe americana, que procurou atacar muito mais do que a adversária.
A equipe terminou com 100% de aproveitamento na competição, que marcou época, obtendo recordes de audiência no mundo todo e sendo considerada um marco pelo presidente da Fifa, Gianni Infantino, também presente na decisão.
O time americano iniciou o jogo buscando o ataque, principalmente com Rapinoe, eleita a melhor da competição, pela esquerda. Fechada, a Holanda explorava os contra-ataques, com um time rápido e atento. Pela direita, a hábil Heath, dos Estados Unidos, era bem marcada por Bloodworth.
Somente aos 16 minutos, com o avanço das meio-campistas as americanas ameaçaram. Lavelle era a que mais se movimentava, chegando de trás ou tentando armar jogadas. Nesta, ela entra na área e faz perigoso cruzamento, interceptado pela goleira Van Veenendaal. O jogo, no entanto, era truncado.
E os Estados Unidos insistiam em jogadas pelo alto. Morgan ficava muito isolada entre Dekker e Van der Gragt. A Holanda, apesar da velocidade e boa marcação, não conseguia criar uma oportunidade.
A melhor chance veio por meio de uma bola parada, aos 27. Após a defesa rebater uma cobrança de escanteio, Ertz chuta forte e Van Veenendaal, pega “no susto.” Dez minutos depois, os Estados Unidos conseguiram pressionar, abrindo pelos lados, em duas jogadas seguidas.
Na primeira, Mewis quase desvia de cabeça para o gol e, na segunda, a goleira defende toque de Morgan, na pequena área. A Holanda se abriu mais e, aos 39 Morgan chuta de fora da área para bela defesa de Van Veenendaal.
Somente no fim da primeira etapa, a Holanda ameaçou, com Sptise chutando de fora da área e, minutos depois, o ataque holandês quase finalizar, após a bola pingar na pequena área.
Etapa final e gols
Na segunda etapa, o panorama inicial era o mesmo do começo do jogo. Os Estados Unidos tomando a iniciativa, mas com as jogadoras não conseguindo criar.
E numa dessas jogadas pelo alto, aos 12, Van der Gragt derrubou Morgan, em pênalti apontado pelo VAR. Rapinoe cobrou, tirando a goleira, e fez 1 a 0.
Em desvantagem, a Holanda foi para cima. Aos 19, a habilidosa Miedema dominou dentro da área e, após dois dribles, foi desarmada.
Com o adversário mais aberto, prevaleceu o talento de Lavelle, a melhor em campo. Ela, que já vinha sendo o núcleo criativo da equipe, dominou a bola da entrada da área e chutou cruzado, no canto esquerdo de van Veenendaal.
Aos 34, Spitse quase fez de falta, em momento no qual a Holanda, totalmente aberta e mais desarrumada, buscava se manter viva na partida. Os Estados Unidos, no entanto, poderiam ter feito mais gols. Em duas oportunidades, Heath apareceu livre na área, mas segurando a bola, não finalizou.
E, no fim, já sem Rapinoe, que saiu aos 33, sob aplausos, as americanas só tocaram a bola para assegurar a quarta conquista – as outras foram em 1991, 1999 e 2015.
Na conquista, os Estados Unidos venceram por 13 a 0 Tailândia; por 3 a 0 o Chile e por 2 a 0 Suécia, na primeira fase. Nas oitavas venceu a Espanha por 2 a 1; nas quartas superou a França, também por 2 a 1 e venceu a Inglaterra na semifinal, de novo por 2 a 1.
Já a Holanda, que vem investindo no esporte e foi campeã da Euro em 2017, venceu a Nova Zelândia, por 1 a 0; Camarões, por 3 a 1, Canadá, por 2 a 1, na primeira fase. Nas oitavas passou pelo Japão, por 2 a 1; superou a Itália, nas quartas, por 2 a 0 e fez 1 a 0 na Suécia, na semifinal.
Assim, a geração de Carli Lloyd (referência, que perdeu a posição), Alex Morgan e Megan Rapinoe, titular há mais de quatro anos, que se tornou um símbolo em defesa da igualdade entre homens e mulheres no futebol, manteve a tradição construída por símbolos do esporte americano, como Mia Hamm, Hope Solo e Michelle Akers, campeãs em mundiais anteriores.
A próxima Copa do Mundo será em 2023 e Infantino cogitou a possibilidade de ampliar o número de equipes para 32, prometendo ampliar ainda mais os investimentos em futebol feminino, citando inclusive a cifra de 500 milhões de euros, ainda bem menor do que o do masculino. A sede da competição será definida em março de 2020, em Miami, Estados Unidos.
FICHA TÉCNICA
ESTADOS UNIDOS X HOLANDA
Data e horário: 07 de julho de 2019, às 12h (de Brasília).
Local: Parc Olympique Lyonnais, Lyon (FRA)
Árbitra: Stéphanie Frappart (FRA)
Auxiliares: Manuela Nicolosi (FRA) e Michelle O’Neill (HOL)
VAR: Carlos Del Cerro (ESP)
Cartão Amarelo: Spitse, Dahlkemper, Van der Gragt
Gols: Rapinoe (pênalti), aos 13 do segundo tempo e Lavelle, aos 23 do segundo tempo.
ESTADOS UNIDOS: Naeher; O’Hara (Krieger), Dahlkemper, Sauerbrunn e Dunn; Mewis, Ertz e Lavelle; Heath (Lloyd), Alex Morgan e Rapinoe (Press). Técnica: Jill Ellis
HOLANDA: Sari van Veenendaal; Van Lunterer, Dekker (Van de Sanden), Van der Gragt e Bloodworth; Groenen, Spitse e Van de Donk; Beerensteyn, Martens (Roord) e Miedema. Técnica: Sarina Wiegman
FONTE: R7.COM
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