Autor do ataque era britânico e já tinha sido investigado pela polícia britânica. Quatro pessoas foram mortas e 40 ficaram feridas
LONDRES — O Estado Islâmico (EI) reivindicou nesta quinta-feira o atentado em Londres, afirmou a agência do grupo extremista Amaq. O ataque em frente ao Parlamento britânico e na Ponte de Westminster deixou quatro mortos, incluindo o agressor, e 40 feridos. A primeira-ministra do Reino Unido, Theresa May, disse que ele era britânico e já tinha sido investigado por relação com terrorismo.
Vestido com roupa preta e barbudo, o agressor atropelou vários pedestres na calçada da ponte de Westminster, diante do Big Ben, e depois esfaqueou um policial que impediu sua entrada na sede do Parlamento, antes de ser morto a tiros pelos agentes. A principal hipótese da polícia é que ele tenha agido sozinho. Este foi o ataque mais violento no Reino Unido desde os atentados suicidas de 7 de julho de 2005 em Londres, que deixaram 56 mortos, incluindo os quatro homens-bomba.
Mais cedo, a premier britânica, Theresa May, disse que o autor do atentado em Londres era britânico e já foi investigado pela polícia por relação com terrorismo. Ante o Parlamento, afirmou que o agressor “foi investigado há anos pelo Mi5 (serviços de Inteligência) por suspeita de violência extremista”, e teria atuado por motivações ideológicas islamistas. Este foi o ataque mais violento no Reino Unido desde os atentados suicidas de 7 de julho de 2005 em Londres, que deixaram 56 mortos, incluindo os quatro homens-bomba.
Capital britânica como alvo
Na manhã desta quinta-feira, a vida começou a voltar à normalidade em Londres. No Parlamento, que foi reaberto, os deputados fizeram um minuto de silêncio, e a bandeira foi hasteada a meio mastro. Tanto no interior quanto no exterior da casa legislativa, policiais, parlamentares e cidadãos participaram do minuto de silêncio em homenagem às vítimas.
O aumento da presença policial na cidade era visível e as manchetes de todos os jornais eram dominadas pelo atentado, chamado na maioria dos casos de “ataque à democracia”.
ATAQUE A LONDRES
OITO DETIDOS
Mais cedo, oito pessoas foram detidas em seis residências por suspeita de vínculos com o atentado. De acordo com Mark Rowley, comandante da unidade antiterrorista da Scotland Yard, as investigações acontecem em Londres, Birmingham e outros pontos do país.
A imprensa britânica já havia informado algumas horas antes sobre uma grande operação policial em Birmingham, que teria resultado em várias detenções. Esta cidade do centro do Reino Unido possui uma das maiores comunidades islâmicas do país. Mohamed Abrini, um dos autores dos atentados de Bruxelas e Paris, morou em Birmingham.
A polícia reduziu para quatro o número de mortos, incluindo o agressor. Até o momento, apenas a identidade do policial morto a facadas nas proximidades do Parlamento foi confirmada, o agente Keith Palmer, de 48 anos.
LÍDERES MUNDIAIS EXPRESSAM SOLIDARIEDADE
Depois do atentado, o presidente americano, Donald Trump, telefonou para May, segundo o porta-voz da Casa Branca, para “condenar o ataque de Westminster” e assegurar a Londres o pleno apoio de Washington.
A chanceler alemã, Angela Merkel, por sua vez, expressou seu apoio “aos amigos britânicos e a todos os habitantes de Londres”.
Ela ressaltou ainda que “a Alemanha e seus cidadãos estão resolutamente ao lado dos britânicos na luta contra toda a forma de terrorismo”.
Já o presidente francês, François Hollande, expressou solidariedade e apoio aos britânicos.
“Expressamos em nome da França toda a nossa solidariedade e todo o nosso apoio ao povo britânico e à primeira-ministra Teresa May”, declarou o chefe de Estado em um breve discurso, acrescentando “o terrorismo atinge a todos nós. A França, que foi atingida recentemente, conhece o sofrimento do povo britânico hoje”.
O premier canadense, Justin Trudeau, condenou o que denominou de “atentado covarde” e lembrou do ataque ao Parlamento de Ottawa em 2014.
No Parlamento escocês em Edimburgo, os debates sobre o referendo da independência foram suspensos após o anúncio do incidente em Londres.
Uma autoridade da segurança afirmou que a polícia escocesa estava revendo a segurança em Holyrood, o bairro de Edimburgo onde o Parlamento escocês está localizado.
Fonte: OGlobo
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