Entre os mortos estão mulheres, crianças, membros do próprio grupo extremista e combatentes inimigos
LONDRES — O Estado Islâmico (EI) executou mais de 4 mil pessoas em menos de dois anos por “crimes” incluindo sodomia, apostasia e espionagem na Síria, segundo um levantamento do Observatório Sírio para os Direitos Humanos (OSDH).
Baseado em Londres, o grupo de monitoramento elaborarou uma lista com base em declarações do EI, elencando as atrocidades cometidas pelo grupo extremista desde junho de 2014. Ao todo, 4.144 pessoas foram executadas neste período.
Na lista constam decapitações regulares, tiroteios, apedrejamentos e outros métodos de assassinato, incluindo jogar pessoas do alto de edifícios e atear fogo sobre elas.
Entre os mortos estão civis — mulheres e crianças —, bem como centenas de membros do próprio grupo, combatentes inimigos das forças do ditador Bashar al-Assad e rebeldes da oposição.
Em março deste ano, foram registradas 80 mortes em territórios controlados pelo EI nas províncias de Deir ez-Zor, Raqqa, Damasco, Aleppo, Homs e al-Hasakah.
Uma criança estava entre os 37 civis sírios executados, enquanto 24 membros do EI, seis rebeldes e combatentes curdos, além de membros do Exército e das milícias sírias foram decapitados e baleados, apontou o OSDH.
Acusações de tentativa de desertar, fugir ou “covardia” militar são umas das causa das execuções de membros do grupo.
Muitas delas acontecem em público, enquanto outras são cuidadosamente filmadas em vídeos de propaganda como o que mostra a morte do jornalista americano James Foley e de outros reféns ocidentais.
Jessica Stern, diretora-executiva da Comissão Internacional de Direitos Humanos para Gays e Lésbicas, confirmou o uso de métodos como apedrejamento, pelotões de fuzilamento e decapitações para punir homossexuais.
Fonte: oglobo
Add Comment