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Ensino público no país piorou, avaliam brasileiros em pesquisa CNI

Porto da Folha (Sergipe), 10/11/2017 - Escolas com a pior nota do Enem. Escola Estadual Quilombola 27 de maio - pior avaliação do Enem em 2015. A antiga escola foi desativada e os alunos tranferidos para o antigo anexo, que foi previamente reformado por entidades não governamentais. A escola fica na comunidade quilombola Mocambo. Foto: Rafaela Felicciano/Metrópoles

Estudo divulgado nesta terça (3/4) aponta que 26% dos entrevistados consideram a educação no nível médio como ruim ou péssima

A insatisfação com a educação pública no país aumentou expressivamente, segundo a pesquisa Retratos da Sociedade Brasileira – Educação Básica, divulgada nesta terça-feira (3/4) pela Confederação Nacional da Indústria (CNI). Realizado no ano passado em parceria com o movimento Todos Pela Educação, o levantamento aponta que 26% dos entrevistados consideram o ensino no nível médio como ruim ou péssimo. Em 2013, data do último estudo semelhante, o percentual era de 15%.

A percepção dos entrevistados é confirmada por resultados de proficiência dos alunos brasileiros em exames nacionais e internacionais. O país ficou em 63º lugar em ciências, 59º em leitura e 66º em matemática, no ano de 2015, no Programa Internacional de Avaliação de Estudantes (Pisa), coordenado pela Organização para Cooperação e Desenvolvimento Econômico (OCDE).

Entre os que acham a educação pública do Brasil ótima ou boa, houve queda de 48%, na pesquisa de 2013, para 31% na divulgada hoje. Nos colégios particulares, a avaliação ótima ou boa também diminuiu: de 76% para 64% no mesmo período. Mas a observação negativa manteve-se em cerca de 3%.

Segundo o levantamento, os brasileiros consideram não faltarem recursos públicos para a educação básica no Brasil, mas acreditam haver má gestão das verbas. A maioria (81%) tem essa percepção. Em relação à administração das escolas, 93% dos entrevistados acreditam que o diretor deveria ter uma formação específica em gestão.

A percepção da maioria também é de que os estudantes não estão preparados para a etapa escolar seguinte ou para o mundo do trabalho. Apenas 12% dos brasileiros veem o aluno do ensino médio das escolas públicas pronto para ingressar no mercado profissional. Em 2013, 55% dos brasileiros consideravam o aluno bem ou razoavelmente preparado e, agora, esse percentual é de 42%.

Para quase 80% da população, os governos não possuem o comprometimento adequado para garantir a qualidade da educação no Brasil.

De acordo com a pesquisa, os brasileiros acreditam haver relação entre a situação na educação brasileira e dois dos principais problemas enfrentados pelo Brasil – violência e corrupção. A maioria (77%) concorda totalmente ou em parte que o primeiro se relaciona diretamente com a baixa qualidade da educação. Seis em cada dez brasileiros dizem o mesmo em relação à corrupção.

“A pesquisa demonstra claramente que, tanto para o desenvolvimento do país quanto dos indivíduos, é urgente priorizarmos a educação em nosso projeto de nação”, afirma Priscila Cruz, presidente-executiva do Todos Pela Educação. “Em um ano tão estratégico, precisamos focar no que realmente interessa na educação por meio de um plano de ação implementado com continuidade e progressividade. Bastam três gestões de real comprometimento político para darmos um salto de qualidade e, por consequência, de desenvolvimento”, reitera.

A pesquisa Retratos da Sociedade Brasileira – Educação Básica foi realizado com duas mil pessoas entre 15 e 20 de setembro do ano passado em 126 municípios pelo Ibope Inteligência.

 

FONTE: METROPOLES.COM

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