Exemplo a ser seguido “Não basta ser pai, tem que participar”
O empresário de Campo Grande/MS Antônio Carlos da Silva Júnior, pai do pequeno Isaac Jhonatan Ferreira Silva, no início do ano letivo procurou a biblioteca da Escola Municipal Arassuay Gomes de Castro na cidade de Campo Grande Mato Grosso do Sul, para perguntar se os pais poderiam pegar livrinhos emprestados para ler para seus filhos. Na ocasião seu filho iniciava no Pré Escolar II, período vespertino e ele queria incentivar a leitura.
A atividade tornou-se um hábito prazeroso que envolveu até o caçulinha Asafe Ferreira Silva, não ficando mais sem o horário da leitura em família.
Em um semestre já foram mais de 30 (trinta) títulos infantis, lembrando que alguns títulos Isaac pede bis.
Com esta atitude o empresário Antônio Carlos, dá um belo exemplo a seguido por todos os pais, pois que juntamente com sua esposa Nathasha Ferreira da Silva, participam ativamente do processo de ensino e aprendizagem de seus filhos.
Segundo estudos da UNESCO os benefícios do livro para as crianças são incalculáveis e para toda a vida. Leva a criança a querer ler, a buscar saber, a adentrar-se no mundo da arte, do desenho e da imagem através das ilustrações. Aumenta sua habilidade de escutar, desenvolve seu sentido crítico, aumenta a variedade de experiências, e cria alternativas de diversão e prazer para ela.
A Academia Americana de Pediatria recomenda aos médicos que orientem os pais a lerem para os seus filhos. Desde o nascimento, a superestimulação tem se tornado uma constante em casa e invadido o espaço escolar. Livros no banho e e-books são elementos cuja proposta é desencadear o gosto pela leitura logo cedo. O equilíbrio entre inseri-los na cultura letrada e “forçar” funções para as quais ainda não estão preparados, defendem os especialistas.
Como mediadores, pais e educadores têm a missão de apresentar os livros, as histórias e o mundo da imaginação a seus filhos e alunos. A falta de materiais de trabalho nas escolas é um problema a ser enfrentado. Pesquisa da pedagoga Cyntia Girotto revela que os livros do Programa Nacional Biblioteca da Escola (PNBE) não contemplam crianças dos 0 até os 3 anos. O estudo “Literatura e Primeira Infância: dois municípios em cena e o PNBE na formação de crianças leitoras” foi realizado de 2011 a 2014 em Presidente Prudente e Marília, interior paulista. “Negar o acesso desse material aos pequenos é negar a eles a possibilidade de forjarem para si, desde a tenra infância, uma identidade leitora”, diz Cyntia, professora na Faculdade de Filosofia e Ciências da Unesp-Marília.
“Quando partilhada, a leitura se torna saborosa, se transforma em uma experiência formadora”, defende Gilda Carvalho, mestre em Literatura Brasileira e uma das autoras do Manual de reflexões sobre boas práticas de leitura (Editora Unesp).
da Redação Folha
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