Joesley Batista gravou encontro com o presidente no Palácio do Jaburu. No diálogo, houve tentativa de ter influência em órgãos que regulam e fiscalizam atividades do grupo empresarial.
A gravação do empresário que fechou acordo de delação premiada com a Procuradoria Geral da República (PGR) mostra até tentativa de ter influência em órgãos que regulam e fiscalizam as atividades do grupo empresarial (assista ao vídeo acima).
Ao longo do encontro, Temer ouviu tudo e não condenou os relatos de crimes do empresário em nenhum momento. Pelo contrário, em alguns trechos da conversa, o peemedebista chegou a repetir que tava “ótimo”. Além disso, o presidente da República não mandou investigar nada.
Com desembaraço e demonstrando intimidade com o chefe do Executivo federal, Joesley pediu na conversa facilidades dentro do governo e combinou encontros na calda da noite.
Joesley Batista foi em 7 de março ao Palácio do Jaburu – residência oficial da Vice-Presidência na qual Temer ainda mora com a família – para encontrar com o presidente da República às 22h40. O compromisso não estava na agenda oficial do peemedebista.
Com o gravador no bolso, o dono da JBS registrou cerca de 30 minutos de conversa. Na vasta documentação entregue pela PGR ao Supremo Tribunal Federal (STF), os investigadores fazem uma análise desse áudio.
Então, o delator explica ao peemedebista que, em razão das investigações decorrentes da Operação Lava Jato, gostaria de saber com quem deveria falar, quem seria o interlocutor do presidente.
“Eu vinha falando com o Geddel ali, tudo bem, enfim, andei falando algumas vezes com o Padilha também, mas, agora o Padilha adoeceu, ficou adoentado, ai eu falei, deixa eu ir lá, pra dar…”, ressaltou Joesley Batista.
Fonte: G1
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