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Em 20 anos, Brasil mais velhos que crianças, aponta IBGE

Pesquisa divulgada hoje mostra tendência de 1 em cada 4 brasileiros ter mais de 65 anos em 2060

população brasileira está em trajetória de envelhecimento e, até 2060, o percentual de pessoas com mais de 65 anos passará dos atuais 9,2% para 25,5%. Ou seja, 1 em cada 4 brasileiros será idoso. É o que aponta projeção divulgada nesta quarta-feira (25) pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE).

Segundo a pesquisa, a fatia de pessoas com mais de 65 anos alcançará 15% da população já em 2034, ultrapassando a barreira de 20% em 2046. Em 2010, estava em 7,3%.

A pesquisa mostra que em 2039 o número de idosos com mais de 65 anos superará o de crianças de até 14 anos, o que acelerará a trajetória de envelhecimento da população. Atualmente, a população com até 14 anos representa 21,3% dos brasileiros e cairá para 14,7% até 2060, segundo o IBGE.

Já a faixa entre 15 e 64 anos, que hoje responde por 69,4% da população, cairá para 59,8% em 2060.

Idade mediana é de 32,6 anos

Atualmente, a idade mediana da população brasileira é de 32,6 anos. Em 2010, era de 29,2 anos. Pelas projeções do IBGE, em 2037 já estará acima de 40 anos, chegando a 45,6 anos em 2060.

Hoje, para cada 100 pessoas em idade para trabalhar, há 44 indivíduos menores de 15 anos ou maiores de 64 – patamar maior que o de outros emergentes como China (37,7) e Rússia (43,5), mas ainda bem abaixo ao de países desenvolvidos e com elevado percentual de idosos como Japão (64) e França (59,2).

No Brasil, a RDD (razão de dependência, que mede a relação entre o número de dependentes e adultos capazes de sustentá-los) era de 47,1% em 2010 e atingiu seu percentual mínimo em 2017 (44%). Segundo o IBGE, essa proporção vai passar de 50% a partir de 2035 e aumentar para 67,2% em 2060.

Idosos vão superar número de crianças em 21 anos

O estudo mostra que também é possível medir o envelhecimento populacional comparando a população com 65 anos de idade ou mais e os menores de 15 anos. Atualmente, são 43,2 crianças de até 14 anos para cada grupo de 100 idosos com 65 anos ou mais. Já em 2022, o índice subirá para 51%, superando os 100% em 2039, o que indicará a o país passará a ter mais idosos do que crianças.

Segundo o IBGE, o Rio Grande do Sul será o primeiro estado que experimentará uma proporção maior de idosos que crianças de até 14 anos, o que deverá ocorrer em 2029. Em 2033, será a vez de Rio de Janeiro e Minas Gerais. Estados mais jovens, como Amazonas e Roraima, continuarão com mais crianças que idosos até 2060, segundo o IBGE.

“O que explica esse envelhecimento é a queda na taxa de fecundidade total, que reduz o número de nascimentos ao longo do tempo. Essa queda é observada em todos os estados brasileiros – primeiro nos estados do sul e sudeste e depois nas outras regiões”, destacou Leila Ervatti, demógrafa do IBGE.

Taxa de fecundidade

A taxa de fecundidade também deve continuar caindo no Brasil, segundo o IBGE. Atualmente, é de 1,77 filho para cada mulher. Pela projeção, deverá cair para 1,66 em 2060. Em 2010, estava em 1,75 e chegou a 1,8 em 2015.

A idade média em que as mulheres têm filhos é atualmente de 27,2 anos e, segundo o IBGE, chegará a 28,8 anos em 2060.

Já a projeção para a expectativa de vida do brasileiro ao nascer – atualmente de 72,74 anos para homens e 79,8 anos para mulheres – é alcançar 77,9 anos para homens e 84,23 anos para as mulheres em 2060.

FONTE: G1.COM

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Gomes Oliveira

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