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Eleicões OAB: Trio investigado pela Polícia Federal tenta influenciar eleições com apoio do Governo e Assembléia Legislativa

Não foi por acaso a visita da advogada e candidata a presidência da OAB Rondônia, Zênia Cernov, ao governador Marcos Rocha no dia 27 de setembro no Palácio Rio Madeira. Ela foi pactuar um grande acordo fechado por três apoiadores que tentam influenciar as eleições da Ordem, através de pressões aos advogados com cargos comissionados na Assembleia Legislativa e Governo de Rondônia. Em comum, o grupo é investigado pela Polícia Federal e o Ministério Público por acusações de malversação de recursos públicos e até pagamento de propina a juízes do Tribunal Regional do Trabalho (TRT).

O primeiro personagem desse teatro armado para ludibriar os advogados rondonienses é o ex-presidente da OAB, Hélio Vieira da Costa, líder do escritório Hélio Costa e Zênia Cernov Advocacia S/A, já condenado ao ressarcimento de R$ 35 milhões em recente sentença judicial. Sócio e marido da candidata Zênia Cernov, o popular “Helinho” foi alvo da PF na Operação Pretório. Dois juízes do TRT foram afastados pelo Judiciário, acusados de se locupletarem de um esquema irregular de pagamento de precatórios dos servidores da Educação. Relembre o caso acessando o link: https://www.migalhas.com.br/quentes/166904/pf-deflagra-operacao-que-investiga-precatorios-em-ro

A residência do casal Hélio e Zênia sofreu uma devassa dos policiais em busca de provas. Uma servidora do tribunal, Débora Moreira Leite Ferreira, disse aos policiais em depoimento que viu o advogado Hélio Vieira entregando caixas de sapatos com maços de dinheiro ao juiz Domingos Sávio. Relembre o caso: https://agazetadoacre.com/2012/07/noticias/geral/servidora-diz-a-pf-ter-visto-presidente-da-oab-ro-entregando-propina-a-juiz/. Na época da Operação Pretório, o ex-deputado Hermínio Coelho lavou as escadarias da Ordem dos Advogados do Brasil em Porto Velho em protesto as acusações de corrupção do ex-presidente da entidade, cargo ocupado por Hélio Vieira.

“Helinho” está com um grande problema jurídico envolvendo mais uma vez o precatório do Sintero, e este seria o motivo por trás de ganhar a OAB a todo custo, inclusive gastando altas somas de recursos em shows, churrascos e parcerias insólitas.

Um segundo ator da trama criada para garantir a vitória de Zênia Cernov é o advogado Nelson Canedo. Próximo ao governador Marcos Rocha e ao presidente da Assembleia Legislativa, ele conseguiu um pacto com as duas instituições e os votos dos advogados que mantém cargos de confiança. São dezenas no CPA e na Casa de Leis que a partir do acordo estarão obrigados a votar em Zênia, sob pena de ter seus empregos ameaçados no futuro. Nelson é amigo e advogado do chefe da Casa Civil, Junior Gonçalves, elo principal com o Governo Marcos Rocha. A exemplo do marido e sócio de Zênia, os dois também foram alvos de operações policiais. Na gestão do ex-deputado Valter Araújo na Assembleia Legislativa, o escritório de Nelson sofreu busca e apreensão de policiais federais. Ele e um sócio teriam ajudado Valter a barganhar cerca de R$ 5 milhões num famoso “trem da alegria” de deputados  e ex-deputados que buscavam ressarcimento por descontos ilegais nas chamadas verbas indenizatórias. Lembre o caso aqui: https://www.conjur.com.br/2012-jan-06/pf-fez-busca-escritorio-advogados-deputado-estadual-ro.

A mais recente busca policial aconteceu na segunda fase da Operação Propagare. Nelson Canedo teve sua casa e seu escritório vasculhados pelo Grupo de Atuação Especial ao Crime Organizado (GAECO). Nelson teria simulado contrato de advocacia com uma empresa de publicidade interessada em licitação milionário no Governo de Rondônia. O chefe da organização, seguindo o MP,  é Junior Gonçalves, amigo e cliente de Canedo. Na época, ele foi afastado da chefia da Casa Civil. Lembre o caso: https://www.rondoniagora.com/policia/operacao-do-mp-pf-e-pc-mira-organizacao-criminosa-que-seria-comandada-pelo-chefe-da-casa-civil.

“Helinho” atravessa colega com apoio do Sintero

Zênia Cernov até agora controlava os gastos e as ações contra o escritório dela e do marido. A maior causa foi ganha no precatório do Sintero, quando o verdadeiro autor da causa, Luis Felipe Belmonte, foi acossado pelos dirigentes petistas do Sindicato dos Trabalhadores em Educação (Sintero). Ele teve que dividir seus honorários com o escritório de Zênia e Hélio, e ainda distribuir parte para Orestes Muniz e Odair Martini, dois desconhecidos da categoria de professores, mas que foram obrigados a pagá-los por despesas jurídicas descontadas em folha salarial. Com o cerco se fechando, a única saída para o casal era buscar a presidência da OAB, um verdadeiro muro de contenção para os problemas com a Justiça. Como “Helinho” estava “queimado” na categoria, ele estimulou Zênia, que relutou a entrar na briga, mas foi convencida pelos argumentos astutos do marido e sócio.

Da Redação Folha

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