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Eleição não garantiu grande renovação em Rondônia – Por Sílvio Persivo

Também existem os postes culturais. “Algo anda mal na cultura de um país se os seus artistas, em lugar de se proporem a mudar o mundo e revolucionar a vida, se empenham em alcançar proteção e subsídios do governo” (Mário Vargas Llosa).

ELEIÇÃO NÃO GARANTIU GRANDE RENOVAÇÃO EM RONDÔNIA

A verdade é que as eleições de Rondônia, apesar de não terem proporcionado tanta renovação quanto se esperava, foram surpreendentes. Para governador a grande novidade foi a ascensão inesperada do coronel Marcos Rocha, impulsionado pelo fenômeno Bolsonaro, que vai disputar o 2º turno com Expedito Júnior. Também a grande votação obtida, na capital, por Vínicius Miguel, que o cacifa para um futuro pleito. Impressionante também Marcos Rogério ter ganho a primeira vaga para o senado, com a maior votação, ultrapassando o ex-governador Confúcio Moura, que ficou com a segunda vaga. Segundo o que foi divulgado, que tomo como verdade, foram eleitos deputados federais Léo Morais, Expedito Netto, Mariana Carvalho, Lúcio Mosquini, Jaqueline Cassol, Silvia Cristina, Mauro Nazif e Coronel Chrisóstomo. A grande surpresa aí, fica por conta de Silvia Cristina e do Coronel Chrisóstomo, surfando na onda bolsonariana. Os demais despontavam como fortes candidatos. São três reeleitos, mas, a surpresa maior é a não reeleição de Marinha Raupp. Na Assembléia Legislativa doze deputados foram reeleitos e os cinco primeiros mais votados estão entre eles. Lebrão, que era considerado pule de dez, foi o mais votado com 20.357 votos, seguido de Jean Oliveira, com 17.823 votos e, em terceiro lugar, Luizinho Goebbel, com 16.999 votos. Em suma, houve algumas mudanças significativas de nomes, algumas lideranças que foram derrotadas, mas, no geral se elegeram os nomes já consolidados da política rondoniense.

IPAM TERÁ NOVA SEDE

Na manhã da quarta-feira (3), o prefeito de Porto Velho, Hildon Chaves, assinou o termo de doação de um terreno ao Instituto de Previdência e Assistência dos Servidores do Município de Porto Velho (Ipam). Segundo  Hildon Chaves, o atual prédio do Ipam está com problemas estruturais sérios. “Nós estamos doando o terreno, que fica próximo à Maternidade Municipal, e o Ipam fará um aporte financeiro para executar a obra, que, depois de pronta, oferecerá mais conforto aos servidores”. O presidente do Ipam, Ivan Furtado, afirmou que atualmente o edifício não oferece condições de atender o servidor de forma segura e confortável. “Com a construção da nova sede, teremos mais conforto, segurança e acessibilidade”, declarou, destacando que a cessão do terreno é um presente neste mês de outubro, quando o instituto comemora os seus 28 anos de criação. Furtado informou ainda que será revertido aos fundos da Previdência o valor de R$ 15 milhões, que foi economizado através de taxa de administração. As sobras serão revertidas para dar mais solidez ao plano previdenciário ao Município.

AMAZONAS TEM PRIMEIRA INDÚSTRIA DE PEIXE CONGELADO

O engenheiro de pesca e pesquisador do Inpa (Instituto Nacional de Pesquisas da Amazônia) Nilson Carvalho abriu a empresa Delicatessem Pescado e só agora, conseguiu o SIE (Selo de Inspeção Estadual), no Estado do Amazonas, que permite colocar seus produtos em supermercados. Pesquisador do Inpa há 33 anos, Nilson chegou a ser criticado por seus próprios colegas que achavam errado ele explorar comercialmente os resultados de suas pesquisas, porém,  “Contra tudo e contra todos abri a empresa, a primeira no Amazonas a lançar opções de alimento congelado com produtos à base de peixes”. Hoje Delicatessem Pescado reúne seis máquinas grandes e uma variedade de outras menores, cada uma com importante utilidade dentro do processo industrial. “Duas delas são alemães, as outras nacionais, mas todas com preços bem salgados. Não é fácil manter uma empresa dessas”, explicou. Ele disse que começou primeiro com o jaraqui,  mais barato e apreciado por todos que o consomem, mas, “Hoje utilizo sardinhas (no picles), tucunaré (na caldeirada de filé), o pirarucu (defumado), a pescada (filé) e o tambaqui (steack empanado)” e que “Com o tambaqui tem a lasanha, as almôndegas, o picadinho, as panquecas, o estrogonofe, a salsicha, o kamakobo (comida típica do Japão) e o carro-chefe nas vendas, o hambúrguer, além do pirarucu defumado”. Afora ser um empreendedor, Nilson Carvalho gosta de repassar para quem quiser aprender, o resultado de suas pesquisas. “Para mim é prazeroso ensinar, inclusive para quem quiser montar um negócio nesse segmento. A ideia é transferir o conhecimento que é pesquisado no Inpa para que possa ser usado na prática. Quando ministro cursos, incluo uma visão empreendedora aos participantes, para que usem esse conhecimento e o apliquem num futuro próximo”. É, sem dúvida, um belo exemplo para Rondônia que precisa ser seguido. Os peixes são um fonte de renda e empregos que devem ser muito melhor explorados e é indispensável sua industrialização para agregar valor e consolidar a cadeia produtiva do pescado.

ESTRATÉGIA DO PT NO SEGUNDO TURNO É PROBLEMÁTICA

Se Bolsonaro já começa o segundo turno com ampla vantagem e o Fernando Haddad, com evidentes problemas, visitou nesta segunda-feira Lula da Silva na prisão de Curitiba para traçar a estratégia para a segunda volta. É um primeiro ato de campanha que dificulta mais as coisas.  Afinal Lula cumpre 12 anos de prisão por corrupção, o que foi prejudicial ao candidato petista devido à polarização que transformou as presidenciais num movimento pró-lulismo e anti-lulismo. E dois, de cada três brasileiros, desejam Lula preso. Com a estratégia imposta pela ala dominante do PT, de colar Haddad a Lula no lema “Haddad é Lula, Lula é Haddad”, Bolsonaro conseguiu uma diferença de quase 18 milhões de votos. Uma parte do PT defende que Haddad tem que assumir os erros do partido e de seu governo, em especial da corrupção, de forma a distanciar-se da era Lula (o que inclui a presidência Dilma Rousseff). O grande problema disto é que causa perda de votos da própria base de Lula e o próprio candidato tem problemas derivados de sua gestão em São Paulo, onde foi considerado o pior prefeito do Brasil na época.

AUTOR: SÍLVIO PERSIVO –  COLUNISTA TEIA DIGITAL

PROFESSOR, JORNALISTA E ECONOMISTA

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