A popularidade de Ardern entre os neozelandeses aumentou muito pelo modo como ela lidou com a pandemia de coronavírus.
A primeira-ministra da Nova Zelândia, Jacinda Ardern, foi reeleita neste sábado (17). Com quase 90% das urnas apuradas, Ardern (Partido Trabalhista) derrotou a opositora Judith Collins, líder do Partido Nacional.
“Hoje, a Nova Zelândia mostrou que o Partido Trabalhista tem seu maior apoio”, disse Ardern em seu discurso de vitória. “E eu posso prometer uma coisa: nós seremos um partido que vai governar para cada um dos neozelandeses.”
A popularidade de Ardern entre os neozelandeses aumentou muito pelo modo como ela lidou com a pandemia de coronavírus, com o país sendo um dos que menos sofreu com a disseminação do coronavírus e se declarando livre da doença.
O país registrou, desde o início da pandemia, pouco mais de 1,8 mil casos confirmados de Covid e apenas 25 mortes por complicações do vírus. A Nova Zelândia chegou a ficar 102 dias sem nenhuma transmissão comunitária, antes de registrar uma segunda onda.
No início de outubro, Arden anunciou que o país estava novamente livre de contaminações, após 12 dias sem novos registros.
Vitória dos trabalhistas
Os trabalhistas registraram cerca de 49% dos votos totais, quase o dobro do segundo mais votado (Nacional). Esse já é o maior apoio que um partido conquistou em eleições no país desde 1996, quando o atual sistema de votação proporcional foi implantado.
O sistema de votação proporcional da Nova Zelândia significa que os partidos geralmente devem formar alianças para governar. O país faz parte da Comunidade Britânica, chamada de Commonwealth, e é uma monarquia constitucionalista que tem a rainha Elizabeth II como soberana.
Maconha e eutanásia
Além dos votos nos membros do Parlamento, os neozelandeses também respondem neste sábado a dois referendos.
Um deles é sobre a legalização da eutanásia (e o suicídio assistido) em algumas circunstâncias, contemplando pessoas com doenças terminais, com probabilidade de morrer dentro de seis meses e que passam por um sofrimento “insuportável”. Caso aprovado, ele se torna lei.
O outro assunto a ser votado é a legalização da maconha, permitindo que as pessoas comprem até 14 gramas por dia e cultivem duas plantas. Neste caso, porém, se a maioria votar favoravelmente, os legisladores ainda deverão elaborar uma legislação correspondente.
FONTE: G1.COM
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