Atualidades

Dólar opera em alta, acima de R$ 3,45; BC atua novamente

Na sexta, moeda norte-americana avançou 0,92%, vendida a R$ 3,3923.
Mercados mantêm nervosismo após a eleição de Donald Trump.

O dólar opera em alta de mais de 1% nesta segunda-feira (14), ainda com os investidores desfazendo posições de países emergentes, como o Brasil, após a vitória de Donald Trump à Presidência norte-americana alimentar temores sobre a saúde da economia global.

Às 10h09, a moeda norte-americana subia 1,31%, vendida a R$ 3,437. Veja a cotação do dólar hoje.

Acompanhe a cotação ao longo do dia:
Às 9h09, alta de 1,32%, a R$ 3,4371
Às 9h20, alta de 2,11%, a R$ 3,464
Às 9h39, alta de 1,7%, a R$ 3,4501

Na sexta-feira, a moeda avançou 0,92%, vendida a R$ 3,3923. Na semana passada, o dólar subiu 4,99% sobre o real. O dólar acumulou alta de 7% nos três pregões anteriores.

Efeito Trump
A vitória de Trump na corrida à Casa Branca tem deixado os mercados financeiros globais temerosos, diante de suas posições mais radicais e imprevisibilidade. A preocupação é de que sua política econômica seja inflacionária e, assim, obrigaria o Federal Reserve, banco central norte-americano, a elevar os juros na maior economia do mundo, com potencial para atrair recursos aplicados em outros mercados, como o brasileiro, motivando, assim, uma tendência de alta do dólar em relação a moedas como o real.

Os investidores devem permanecer estressados até ter conhecimento do que de fato o presidente eleito vai conseguir colocar em prática das propostas radicais que anunciou em sua campanha, destaca a Reuters.

dolar (Foto: G1)

BC volta a intervir
Para tentar conter a volatilidade, o Banco Central anunciou para esta manhã leilão de swap cambial tradicional, equivalente à venda futura de moeda, com oferta de até 15 mil contratos. Esse leilão é para rolagem de contratos com vencimento em 1º de dezembro.

Para analistas de mercado, a imprevisibilidade e posições mais radicais de Trump têm potencial de deixar o Banco Central brasileiro ainda mais cauteloso com relação ao ritmo de redução da taxa de juros.

“O BC cumpriu sua função de atuar para corrigir os exageros do mercado e deve continuar a agir assim. Mas o dólar deve retomar o nível de R$ 3,50 por conta desse cenário que é propício à especulação”, comentou o superintendente da Correparti Corretora, Ricardo Gomes da Silva.

O presidente do Banco Central, Ilan Goldfajn, declarou nesta sexta-feira que a instituição continua “monitorando os mercados” e que não deixará “faltar liquidez” aos mercados.

Com a forte turbulência no mercado cambial no Brasil, o BC voltou a anunciar leilões de swaps tradicionais, depois de passar meses apenas oferecendo swaps reversos, que equivalem à compra futura de dólares. O mecanismo não era usado desde abril do ano passado. Ambas as modalidades têm o objetivo de evitar oscilações bruscas da moeda, como fortes altas e baixas.

Fonte:  G1

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