Policiais militares encontraram nesta terça-feira focos de incêndio durante a desocupação de um prédio arrendado pelo Grupo EBX, de Eike Batista, e que havia sido invadido por um grupo de sem-teto na Zona Sul do Rio de Janeiro. O Corpo de Bombeiros teve de combater as chamas, que teriam sido ateadas em colchões pelos invasores durante a reintegração de posse. Houve tumulto e confronto entre a Polícia Militar e os sem-teto. Um policial foi preso administrativamente por jogar spray de pimenta em uma criança, e dois invasores foram detidos.
O Edifício Hilton Santos, na Praia do Flamengo, pertence ao Clube de Regatas Flamengo e seria restaurado para um hotel. Há uma semana, ele foi invadido por cerca de 200 pessoas, entre elas dezenas de crianças. O prédio foi desocupado por volta das 10 horas, após autorização da Justiça. Logo depois que as primeiras pessoas começaram a sair, em acordo com a Secretaria Municipal de Assistência Social, policiais constataram que um incêndio atingia os andares inferiores do prédio.
Na operação, os ocupantes do prédio arremessaram copos e pedras nos PMs. A Polícia Militar revidou com spray de pimenta. A desocupação estava marcada para as 8 horas e, desde cedo, havia forte presença policial na Avenida Ruy Barbosa, que foi fechada ao trânsito. Pouco depois das 9 horas, soldados do Batalhão de Policiamento de Grandes Eventos se posicionaram em torno do prédio e ampliaram o perímetro de isolamento. As negociações foram intermediadas por defensores públicos e advogados da Comissão de Direitos Humanos da Ordem dos Advogados do Brasil (OAB).
O defensor público João Helvécio de Carvalho, coordenador do Núcleo de Terra e Habitação da Defensoria, criticou a ação que, na visão dele, não precisava ser realizada tão rapidamente: “Não faz sentido. É um prédio abandonado”.
Fonte: VEJA
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