Até o dia 11 de outubro, o Ministério da Saúde havia contabilizado 337 casos de febre Chikungunya no Brasil, sendo 87 confirmados por critério laboratorial e 250 por critério clínico-epidemiológico. Do total, 38 casos são de pessoas que contraíram a doença fora do país e 299 foram diagnosticados em pessoas sem registro de viagem internacional para países onde ocorre a transmissão, a maioria deles (274) na Bahia, no município de Feira de Santana.
Com sintomas semelhantes e mesmo transmissor que o da dengue, a febre Chikungunya começou a se espalhar pelo Caribe no final do ano passado e tem sintomas semelhantes aos da dengue, entre eles febre alta, dor muscular e nas articulações, dor de cabeça e erupções cutâneas, pequenas lesões na pele.
Mas, apesar das semelhanças, há diferenças importantes entre uma doença e outra. De acordo com Jaime Rocha, infectologista especializado em Medicina do Viajante do Laboratório Frischmann Aisengart, o Chikungunya — ou chicungunha — é transmitido pelo mosquito Aedes aegypti, causada pelo vírus CHIKV, da família Togaviridae.
“É uma doença parecida com a dengue, inclusive nos sintomas: febre, mal-estar, dores pelo corpo, dor de cabeça, apatia e cansaço. A grande diferença está no seu acometimento das articulações, já que o vírus chikungunya avança nas juntas dos pacientes e causa inflamações com fortes dores acompanhadas de inchaço, vermelhidão e calor local”, revela o médico.
Rocha afirma que a melhor forma de se prevenir contra a febre chikungunya é evitando a proliferação do vírus Aedes aegypti, bem como se protegendo das picadas de mosquito com o uso de repelentes e telas nas janelas.
Quem quiser saber mais sobre as duas doenças e particularidades, o Canal Saúde da Fundação Oswaldo Cruz, faz no próximo dia 28 de outubro, a partir das 11 horas, uma sessão online do Sala de Convidados. O programa vai esclarecer as principais diferenças entre as duas doenças, tirar dúvidas e descrever os sintomas da febre Chikungunya, explicar como são feitos os diagnósticos e falar sobre a prevenção dessa nova enfermidade que chegou ao país e tem como principais vetores o mesmo mosquito transmissor da dengue, o Aedes aegypti, e também o mosquito Aedes Albopictus.
A principal forma de prevenir a Chikungunya é a mesma de combater a dengue. Evitar o acúmulo de água limpa e parada. Por isso, encher pratinhos de plantas de areia, evitar o acúmulo de água em calhas, garrafas, latas e pneus, manter lixeiras e caixas d’água fechadas e recolher entulho do quintal fazem parte da estratégia de prevenção das duas doenças.
Como assistir — Na internet: acesse www.canalsaude.fiocruz.br e clique na WEB TV, na página principal. Televisão: parabólica digital (freqüência 3690) ou TVs parceiras de veiculação. Consulte a página Como Assistir no site do Canal Saúde. Os conselheiros de saúde em todo o Brasil podem assistir pela Oi TV, canal 910.
Fonte: Bem Parana
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