TPP não pode entrar em vigor sem os Estados Unidos.
China trabalha para colocar em vigor Parceria Abrangente Econômica.
A Parceria Transpacífico (TPP, na sigla em inglês) não tem praticamente nenhuma chance de funcionar agora que o presidente eleito Donald Trump anunciou que vai retirar os Estados Unidos, segundo análise de integrantes do grupo. A decisão abre caminho para a China assumir a liderança no comércio da região.
O Japão e a Austrália expressaram seu compromisso com o acordo nesta terça-feira (22), horas após Trump ter prometido se retirar da Parceria Transpacífico, formada por 12 nações, em seu primeiro dia no cargo. Ele considera o acordo “um desastre potencial para o nosso país”.
A declaração de Trump pareceu aniquilar todas as esperanças para o acordo, uma iniciativa comercial do presidente Barack Obama, elaborado durante cinco anos para cobrir 40 % da economia mundial.
O TPP, que visa reduzir barreiras comerciais em algumas das economias com o crescimento mais rápido da Ásia e se estender do Canadá ao Vietnã, não pode entrar em vigor sem os Estados Unidos. Ele requer a ratificação de pelo menos seis países que respondam por 85 por cento do Produto Interno Bruto (PIB) combinado dos países membros.
A China tem buscado promover sua própria versão de um pacto comercial da Ásia-Pacífico, chamado de Parceria Abrangente Econômica Regional (RCEP, na sigla em inglês), que exclui os Estados Unidos. Trata-se de um acordo comercial mais tradicional, que envolve cortar tarifas em vez de abrir economias e estabelecer padrões trabalhistas e ambientais como a TPP faria.
Em sua última viagem internacional com presidente, o presidente Barack Obama pediu aos líderes europeus e latinos para dar um tempo e não supor o pior sobre a administração Trump.
“Esperem até que a administração esteja em andamento, até que esteja de fato montando suas políticas, e aí vocês podem fazer seus julgamentos sobre se são ou não consistentes com o interesse da comunidade internacional em viver em paz e prosperidade juntos”, declarou Obama, em Lima.
Fonte: G1
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