O preparo de um em contraponto ao vazio de propostas do outro, facilita ao eleitorado fazer a escolha mais acertada
Os primeiros dois debates entre os candidatos ao governo, Expedito Junior e Marcos Rocha já produziram indeléveis marcas de diferenças entre ambos. Na quinta-feira (18) os dois protagonizaram dois momentos de enfrentamento. O primeiro foi a tarde, no auditório do Oscar Hotel, em Porto Velho, durante Painel dos Governadoráveis, promovido pela Associação Rondoniense de Municípios (Arom), e a noite na Faculdade Sapiens, numa promoção conjunta com a Band.
Nas duas ocasiões, o quadro que se viu foi de um lado um Expedito mais preparado, abordando as grandes questões do estado com mais profundidade, com propostas factíveis, enfim, mais proativo, e, em contraponto, um candidato mais acuado, que não hesitou em se apoderar de propostas de seu adversário e na maioria das vezes inseguro.
À chegada dos dois no evento promovido pela Arom já mostrou se tratar de duas personalidades bem diferentes. Enquanto Expedito cumprimentava e era abraçado por cada um dos prefeitos, Marcos Rocha ficou mais isolado num canto, acompanhado de policiais militares que fazem sua segurança.
Os debates, em si, entretanto que fizeram saltar aos olhos a enorme distância que os separa. Na área da saúde, por exemplo, enquanto Expedito defendia a regionalização do atendimento por meio da conclusão de obras paralisadas de hospitais, como o novo João Paulo II, as unidades de Guajará-Mirim e Ariquemes, além de demonstrar disposição em ir em busca de recursos para construir hospitais em Ji-Paraná e Vilhena, Marcos Rocha, sob argumento da falta de recursos apequenou a discussão defendendo a compra de mais ambulâncias, o que serve apenas para lotar ainda mais os já esgotados João Paulo II e Hospital de Base de Porto Velho.
Para o enfrentamento imediato da crise na saúde, Expedito Junior propôs um mutirão, em parceria com hospitais da rede privada, naturalmente pagos pelo estado para pelo menos reduzir a enorme fila de cirurgias. Sem proposta semelhante de impacto, Rocha preferiu tentar puxar novamente o debate para níveis rasteiros, fazendo ilações maliciosas sobre como seria feita a escolha dos hospitais da rede privada. Só que Expedito já tinha explicado em oportunidades anteriores que essa ação será feita com a participação efetiva do Ministério Público.
Na área educacional, de um lado Expedito defendia o envolvimento de toda a comunidades escolar, além de pais, do Sintero e do Conselho Estadual da Educação na formulação de uma política pedagógica consistente, capaz de reverter os baixos índices do Ideb. Na outra ponta, Marcos Rocha garantiu construir uma escola militar, nos moldes do Colégio Tiradentes, em cada cidade.
Na política para o agronegócio, Marcos Rocha não teve o mínimo escrúpulo em usurpar o projeto que Expedito Junior vem defendendo desde o início da campanha, de procurar atrair empresas esmagadoras de soja, como forma de agregar valor à cultura, além de gerar emprego e renda. Se bem que, neste caso, as propostas de Expedito vão bem mais longe. Incluem aproveitamento do couro de boi para fabricação de sapatos, bolsas, cintos e outros acessórios; aproveitamento de produtos extrativistas, minérios, enfim, ele tem grande preocupação com relação a exportação de produtos naturais brutos que podem ser manufaturados aqui.
“Eu assisti aos dois debates. Fui ao hotel e fiz questão de vir aqui também. Observei de um lado um candidato realmente preparado, preocupado em resolver os problemas do Estado e de outro um ‘poste’ deslumbrado que acredita que pode chegar ao governo simplesmente levado pela onda do candidato a presidente, Bolsonaro. Pra mim não mudou nada. Continua o mesmo perseguidor que infernizou nossa vida na Sejus”, avaliou um agente penitenciário, que por motivos óbvios não quis se identificar, referindo-se ao coronel Rocha.
FONTE: ASSESSORIA
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