Interior

COSTA MARQUES: Sedam acompanha preparativos para soltura de tartarugas que acontece

O evento é considerado um dos maiores do mundo, e tem o apoio do Governo de Rondônia, com ações de proteção

No dia 5 de dezembro vai ser realizada no município de Costa Marques, a soltura de tartarugas. Organizado pela Associação Comunitária Quilombola e Ecológica do Vale do Guaporé (Ecovale), o evento é considerado um dos maiores do mundo, e tem o apoio do Governo de Rondônia, com ações coordenadas pela Secretaria de Estado do Desenvolvimento Ambiental (Sedam).

As atividades são divididas em três etapas. A primeira fase do projeto consistiu na realização de monitoramento ambiental das desovas das tartarugas, na identificação e quantificação dos ninhos. Durante esse período é redobrado o cuidado com a proteção desses animais, devido a pesca e captura ilegal.

Sedam realiza monitoramento dos filhotes de tartarugas

A segunda fase, que iniciou no dia 6 de novembro, segue com o monitoramento, mas dessa vez no nascimento dos filhotes, com a intenção de observar a região no período de desova, fiscalizar as principais ameaças no habitat e levantar informações da população de tartarugas.

Além disso, as equipes da Coordenadoria de Educação Ambiental (CEA) e do Escritório Regional de Costa Marques auxiliaram na construção de cercas nas praias onde os quelônios desovaram, para proteger os filhotes de possíveis predadores.

A terceira etapa marca o encerramento do projeto com uma solenidade da soltura desses animais aquáticos.

QUELÔNIOS

Na região do Vale do Guaporé predominam as espécies de tartarugas e tracajás. A tartaruga-da-amazônia (podecnemis expansa) é a maior espécie do seu gênero (podocnemis) e de acordo com o Tortoise Freshwater Turtle Specialist Group (TFTSG) é considerada como criticamente ameaçada; e um dos motivos é devido à coleta excessiva de ovos e dos adultos para consumo e venda.

Na estação seca, verão amazônico, as tartarugas migram para os rios em busca de praias arenosas que se formam nos cursos médios e baixos, para se reproduzirem formando ninho uma única vez durante o seu período reprodutivo. O Tracajá (Podocnemis unifilis) também sofre o mesmo tipo de ameaça (perda de habitat e consumo excessivo de ovos e indivíduos adultos pelo homem).

FONTE: SECOM/RO

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