Países estão divididas há 65 anos, após o armistício. Esta foi a primeira vez que um líder norte-coreano atravessou a fronteira entre os dois territórios
As Coreias do Sul e do Norte anunciaram, nesta sexta-feira (27), um tratado de paz para encerrar oficialmente a Guerra da Coreia (1950-1953) até o final deste ano.
O principal objetivo da reunificação, segundo os líderes da Coreia do Norte, Kim Jong-un, e do Sul, Moon Jae-in, é reunir as famílias separadas pelo conflito, que já dura 65 anos.
Os líderes também concordaram em retirar todas as armas nucleares da península coreana.
O líder da Coreia do Norte, Kim Jong-un, ultrapassou a fronteira da Zona Desmilitarizada, localizada na vila de Panmunjon, província de Gyeonggi, pela primeira vez desde o início da Guerra da Coreia.
A guerra, que começou em 1950, terminou em 1953 depois da assinatura de um armísticio, documento que garante a trégua entre os dois países.
No entanto, tecnicamente, as Coreias continuam em guerra. O tratado de paz vai substituir o documento de 1953, com o objetivo de instituir a paz entre as Coreias.
Segundo a CNN, Moon disse que “não haverá mais guerra na península da Coreia” e que “uma nova era de paz começou”.
Kim e Moon tiveram uma série de reuniões antes do anúncio do tratado. Ambos discutiram a desnuclearização e também sobre a reconstrução das relações entre o Sul e o Norte.
Em declaração conjunta sobre a reunião emitida nesta sexta-feira, os líderes completaram que “as Coreias do Norte e Sul vão reconectar as relações de sangue das pessoas e levar adiante um futuro de coprosperidade e unificação, facilitando avanços compreensivos nas relações intercoreanas”. O documento diz que os países vão juntar esforços para “aliviar as tensões militares e praticamente eliminar o perigo de uma guerra na península”
Antes do encontro na Peace House (em tradução, significa Casa da Paz), na Coreia do Sul, Kim deixou uma mensagem no livro de visitas da Casa falando sobre uma “nova era de paz”. Depois do almoço, Kim e Moon plantaram uma árvore juntos.
Os dois líderes expressaram o desejo de se encontrarem mais vezes no futuro. Moon se comprometeu a visitar Pyongyang, na Coreia do Norte, no outono.
FONTE: R7.COM
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