O anúncio provocou o protesto de organizações, além de outros países que defendem abandonar a conferência
A Coreia do Norte, do ditador Kim Jong-un, assumirá na segunda-feira 30, a presidência do Fórum Mundial de Desarmamento, da Organização das Nações Unidas (ONU). A conferência, realizada em Genebra, na Suíça, reúne 65 países e é considerada o único fórum de negociação de desarmamento da comunidade internacional.
O anúncio provocou o protesto de ao menos 40 organizações não governamentais, além de outros países, que defendem abandonar a conferência durante as quatro semanas da presidência norte-coreana.
“Ter o regime norte-coreano de Kim Jong-un presidindo o desarmamento global de armas nucleares será como colocar um estuprador em série encarregado por um abrigo para mulheres”, disse Hillel Neuer, diretor-executivo da ONU Watch.
“Este é um país que ameaça atacar outros Estados membros da ONU com mísseis e que comete atrocidades contra seu próprio povo. Tortura e fome são rotina nos campos de prisioneiros políticos norte-coreanos, onde cerca de 100 mil pessoas são mantidas em uma das situações de direitos humanos mais terríveis do mundo”, continuou Neuer.
De acordo com as regras da ONU, o embaixador da Coreia do Norte no fórum, Han Tae Song, ajudará a organizar os trabalhos da conferência e a definir a agenda.
Ele vai exercer todas as funções de um presidente e representará a agência em suas relações com os Estados, a Assembleia Geral e outros órgãos das Nações Unidas e com outras organizações internacionais.
A Coreia do Norte continuou desenvolvendo seus programas de mísseis nucleares e balísticos em 2021, violando as sanções da ONU, segundo monitores da agência.
“A Coreia do Norte é o principal proliferador de armas do mundo. O regime constrói suas próprias armas nucleares, em violação dos compromissos do tratado”, disse Neuer.
FONTE: REVISTA OESTE
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