Após lançar mais dois mísseis balísticos, regime norte-coreano enviou 12 aeronaves militares para a fronteira com a Coreia do Sul, afirma governo em Seul. Pyongyang admite ser retaliação.
A Coreia do Sul afirmou que 12 aviões militares da Coreia do Norte voaram perto da fronteira entre os dois países nesta quinta-feira (06/10), horas depois do lançamento de mais dois mísseis balísticos pelo regime norte-coreano.
Segundo os sul-coreanos, oito caças e quatro bombardeiros do Norte voaram em formação. Em resposta, o governo em Seul enviou 30 aeronaves militares.
Novos lançamentos de mísseis
Este foi o sexto lançamento do tipo realizado por Pyongyang em 12 dias. Nesta quinta-feira, a Coreia do Norte lançou mais dois mísseis balísticos de curto alcance em direção a suas águas na costa leste, onde fica o Mar do Japão, depois de os Estados Unidos terem destacado um porta-aviões para perto da Península da Coreia.
O destacamento americano foi resposta ao lançamento anterior de de um míssil de capacidade nuclear sobre o Japão. Na terça-feira, um míssil norte-coreano também sobrevoou o território japonês,
Os últimos lançamentos de mísseis sugerem que o líder norte-coreano, Kim Jong-un, está determinado a continuar com os testes de armas destinados a impulsionar seu arsenal nuclear, desafiando as sanções internacionais.
Diversos especialistas creem que o objetivo de Kim seja ganhar o reconhecimento dos EUA como um Estado nuclear e o consequente levantamento das sanções, embora a comunidade internacional não tenha dado sinais de isso possa vir a acontecer.
Coreia do Norte admite retaliação
Os últimos mísseis foram lançados com 22 minutos de diferença, caindo entre a Península da Coreia e o Japão, comunicou o chefe do Estado-Maior Conjunto da Coreia do Sul.
Os detalhes foram semelhantes às avaliações anunciadas pelo Ministério da Defesa do país, confirmando que os mísseis não atingiram a zona econômica exclusiva do país.
O Ministério do Exterior da Coreia do Norte admitiu que os recentes lançamentos de mísseis balísticos são medidas de retaliação aos exercícios militares conjuntos conduzidos por Seul e Washington na região.
Na quarta-feira, no Conselho de Segurança das Nações Unidas, a Rússia e a China negaram-se a pronunciar uma condenação geral do teste da Coreia do Norte com míssil balístico que sobrevoou o território do Japão.
Excetuando Moscou e Pequim, todos os membros do Conselho de Segurança criticaram o lançamento do míssil norte-coreano, afirmando terem sido violadas várias resoluções das Nações Unidas.
FONTE: DEUTCHE WELLE COM AP E AGÊNCIA LUSA
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