Além da decisão, o ministro Flávio Dino também solicitou à PF a abertura de um inquérito para investigar a liberação do valor, alegando o descumprimento de normas constitucionais e legais relacionadas à transparência
A decisão do ministro do Supremo Tribunal Federal (STF), Flávio Dino, de suspender R$ 4,2 bilhões em emendas parlamentares gerou uma onda de críticas entre os parlamentares. Dino também solicitou à Polícia Federal a abertura de um inquérito para investigar a liberação desse valor, alegando que houve descumprimento de normas constitucionais e legais relacionadas à transparência e à eficiência na utilização dos recursos públicos. Nas redes sociais, deputados e senadores manifestaram seu descontentamento. O deputado Carlos Jordy, do PL do Rio de Janeiro, acusou Dino de “desrespeitar” o Congresso Nacional. Por sua vez, o líder do PL na Câmara, Altineu Cortês, afirmou que não discute a decisão, mas expressou sua discordância.
O deputado Maurício Marcon, do Podemos do Rio Grande do Sul, associou a suspensão às medidas de ajuste fiscal do governo federal, enquanto o senador Cleitinho, do Republicanos de Minas Gerais, apoiou a ação de Dino, ressaltando a necessidade de transparência. O deputado Ivan Valente, do PSOL de São Paulo, elogiou a iniciativa de Dino, mencionando irregularidades que teriam sido “articuladas” pelo presidente da Câmara, Arthur Lira. A decisão do ministro ocorre após a aprovação de uma nova lei que busca aumentar a transparência nos pagamentos das emendas parlamentares, refletindo um movimento em direção a uma maior responsabilidade na gestão dos recursos públicos.
Dino argumentou que a liberação das emendas não estava em conformidade com a ordem constitucional e citou desvios de verbas que foram identificados em auditorias. Ele também determinou que a Câmara dos Deputados publique as atas das reuniões em que as emendas foram aprovadas, além de ordenar que o Ministério da Saúde mantenha bloqueados os recursos recebidos por meio de transferências fundo a fundo.
Adicionalmente, o ministro estabeleceu que o Executivo só poderá executar as emendas referentes ao ano de 2025 após a implementação das medidas corretivas que já foram determinadas. Essa decisão visa garantir que os processos de liberação de recursos sejam realizados de maneira mais transparente e eficiente, em conformidade com as normas legais vigentes.
FONTE: JOVEM PAN
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