Mortes ocorreram no estado de Jalisco, um dos seis estados que concentram 48% dos homicídios no país, a maioria deles ligados ao crime organizado.
Quatro policiais e oito suspeitos morreram em um confronto armado nos arredores da cidade mexicana de Guadalajara, informaram autoridades locais nesta quinta-feira (23).
Inicialmente, o Ministério Público informou que o número de mortos era dez (quatro policiais e seis suspeitos), mas o governador do estado de Jalisco, Enrique Alfaro, disse que outros dois agressores morreram e três ficaram gravemente feridos.
O incidente ocorreu na noite de quarta-feira em uma casa no município de El Salto e, segundo testemunhas, durou mais de uma hora.
Durante o tiroteio, duas pessoas sequestradas foram resgatadas no local, informou o promotor de Jalisco, Luis Méndez Ruiz.
Segundo ele, a polícia respondeu a uma denúncia de que homens armados teriam desembarcado pessoas amordaçadas de um caminhão para uma casa nos arredores de Guadalajara.
Os agentes foram até o local, onde uma mulher afirmou tratar-se de uma denúncia falsa e, em seguida, a patrulha foi atacada a tiros.
Méndez informou que, horas antes do ataque, uma operação da Promotoria especializada em desaparecimentos foi realizada no local. Ele não confirmou se os resgatados estão relacionados.
Os corpos dos supostos agressores mortos, incluindo uma mulher, foram encontrados mais tarde em duas casas. Após o tiroteio, oito pessoas foram presas e armas e munições foram apreendidas.
Dez policiais assassinados em Jalisco
De acordo com dados oficiais, até agora, neste ano, dez policiais foram assassinados em Jalisco, um dos seis estados que concentram 48% dos homicídios no país, a maioria deles ligados ao crime organizado.
Essa região, uma das mais prósperas do México, é também o berço do Cartel Jalisco Nova Geração, o mais poderoso do país e responsável por inúmeras mortes e desaparecimentos, segundo autoridades locais.
Seu líder, Nemesio Oseguera, conhecido como “El Mencho”, é um dos traficantes mais procurados pelos Estados Unidos, que oferecem uma recompensa de 10 milhões de dólares por sua captura.
Desde 2006, quando o então governo militarizou a luta antidrogas, o México acumulou mais de 340 mil assassinatos.
FONTE: AFP
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