Retorno do republicano pode trazer mudanças significativas na política externa americana, especialmente em relação à Ucrânia e à Otan, gerando apreensão na Europa
A vitória de Donald Trump nas eleições presidenciais dos Estados Unidos foi confirmada, com o republicano superando a marca de 270 delegados necessários para garantir a presidência. Com 279 delegados, Trump já recebe congratulações de líderes internacionais, que projetam parcerias e alianças para os próximos quatro anos. O presidente francês, Emmanuel Macron, expressou seu desejo de manter relações respeitosas e ambiciosas com os Estados Unidos, enquanto o chanceler alemão, Olaf Scholz, espera fortalecer a aliança transatlântica “em tempos difíceis”. A situação na Ucrânia, em guerra há mais de dois anos, também foi destacada, com o presidente Volodymyr Zelensky esperando que Trump traga uma “paz justa” ao país.
A China, vista como antagonista dos Estados Unidos, manifestou o desejo de uma coexistência pacífica, apesar das tensões comerciais e militares. No Oriente Médio, o primeiro-ministro israelense, Benjamin Netanyahu, reafirmou os laços de amizade com Trump, destacando a postura pró-Israel do presidente eleito. A União Europeia, por meio de sua líder Ursula von der Leyen, enfatizou a importância da aliança da Otan, esperando uma postura diferente da adotada entre 2017 e 2021, quando Trump foi crítico aos aliados históricos. Enquanto isso, em Washington, a reação à vitória de Trump é discreta, com o distrito de Columbia, tradicionalmente democrata, mantendo-se calmo e sem manifestações significativas.
O Kremlin, por sua vez, reconheceu a vitória de Trump, mas o porta-voz Dmitri Peskov afirmou que Vladimir Putin não planeja contatar o presidente eleito imediatamente. Durante a campanha, Trump criticou os investimentos dos EUA na Ucrânia e a falta de financiamento de outros países na Otan, sugerindo que poderia cortar o apoio financeiro se não houvesse contribuições adequadas. Especialistas apontam que a eleição de Trump pode trazer mudanças significativas na política externa dos EUA, especialmente em relação à Ucrânia e à Otan, gerando apreensão na Europa sobre o futuro da aliança e o destino do conflito ucraniano.
Internamente, a vitória de Trump também levanta questões sobre a direção que os Estados Unidos tomarão nos próximos anos. Com um histórico de políticas controversas e uma abordagem muitas vezes imprevisível, muitos americanos e observadores internacionais estão atentos às primeiras ações de Trump como presidente. A expectativa é que ele mantenha suas promessas de campanha, mas a forma como isso será feito ainda é incerta. A comunidade internacional observa com cautela, enquanto os Estados Unidos se preparam para mais um capítulo sob a liderança de Donald Trump.
FONTE: JOVEM PAN
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