Brasil Produtivo

Como a avicultura brasileira pode evitar a Influenza Aviária

Medidas que englobam a biosseguridade ajudam a evitar ao máximo desafios sanitários nos estabelecimentos avícolas. Regras podem ser diferenciadas de acordo com a finalidade do aviário: de frango, de corte, de matrizes.

Garantir a excelência da avicultura brasileira tem seus desafios diários. E uma das preocupações mais recorrentes tem sido em evitar algumas doenças, como a Influenza Aviária. Essa enfermidade atinge de forma agressiva o sistema respiratório das aves e pode impactar, também, o produtor com perdas significativas na produção.

De acordo com a supervisora de especialidades da Quimtia Brasil, empresa especializada na fabricação de insumos para nutrição animal, Georgia Almeida, algumas iniciativas, como as chamadas de medidas de biosseguridade buscam incentivar os produtores de aves e funcionários a evitarem ao máximo a contração de doenças nos lotes. Para Georgia, isso implica em inúmeras regras que podem ser diferenciadas de acordo com a finalidade do aviário: de frango, de corte, de matrizes.

Para ela, as principais medidas envolvem a necessidade do uso de paramentação para contato com as aves – no caso de frango de corte, usar botas plásticas trocando-as em cada aviário visitado e aventais descartáveis e a indispensabilidade de banhos completos e a utilização de uniformes da própria granja no caso de aviários matrizes –, além de, claro, a desinfecção dos caminhões que entram nas propriedades com desinfetantes na dosagem necessária e com arcos de desinfecção funcionando corretamente.

“Além dos tradicionais cuidados com as instalações, como correta vedação, é fundamental certificar que as pessoas que possuem contato direto com aves de produção não tenham contato ou criem outras aves, como as caipiras, silvestres, ornamentais, e principalmente migratórias, já que elas podem fazer com que o vírus da influenza fique nos humanos, que consequentemente podem repassar às aves nos aviários. Essas medidas podem evitar não só a influenza, mas outros importantes desafios sanitários como salmoneloses e micoplasmores, que também são doenças de muita preocupação para a avicultura brasileira”, acrescenta.

A especialista reforça ainda que é fundamental estar atento no fluxo de pessoal dentro das granjas, evitando a movimentação de pessoas que tiveram contato com lotes contaminados, além de cumprir o vazio sanitário conforme especificação do médico veterinário responsável, respeitando também idades dos lotes e tipos de estabelecimentos avícolas.

Prejuízos ao produtor animal

Ainda segundo a supervisora de especialidades da Quimtia, dentre os principais prejuízos ao produtor está o descarte do plantel. No entanto, os danos podem se estender a longo prazo a diversos produtores.

Segundo Georgia, a Influenza vai muito além de apenas um surto, pois algumas normas exigem que se um produtor tem a sua criação acometida pela Influenza Aviária, significa que outros produtores também podem sofrer com as consequências, já há um raio de monitoramento com o objetivo de evitar uma disseminação da doença.

“Se um lote de aves contrai a Influenza Aviária, além do descarte, o alojamento passa a sofrer posteriormente, medidas impostas pelos órgãos fiscalizadores, que são intesas desinfecções e um alojamento gradativo paea entender se o ambiente está seguro para o alojamento de um novo lote. E isso ocorre não só no aviário que contraiu a doença, mas em todas as granjas próximas”, enfatiza.

Cenário da avicultura brasileira

Hoje, o Brasil é considerado como um porto seguro, em se tratando de produção e exportação da carne de frango de qualidade para o mundo. Só no ano passado, o país foi responsável pelo envio de mais de 4,8 milhões de toneladas a países como China, Emirados Árabes, Filipinas, União Europeia e Coreia do Sul, todos estes registrando alta no consumo da proteína animal brasileira.

“É por isso que há, atualmente, uma preocupação intensa para impedir a influenza, justamente para manter as exportações e evitar uma espécie de caos neste mercado, pois se em um determinado momento houver casos dessa doença na produção de aves brasileiras, pode acarretar no impedimento da exportação dessa proteína animal” finaliza a especialista.

FONTE: ASSESSORIA QUIMTIA

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