Justiça

Comissão que apura fraude no pagamento do seguro desemprego entrega relatório final em 15 dias

O procurador do município de Porto Velho, Mirton Moraes, chefe da comissão de sindicância da Procuradoria Geral do Município (PGM) que apura fraude no pagamento do Seguro Desemprego descoberta e denunciada pelos secretários da Semdestur, informou na tarde desta quinta-feira (20), que os trabalhos estão bem adiantados e que várias pessoas já foram ouvidas. “Temos 30 dias para concluir a sindicância, mas nosso objetivo é acelerar os trabalhos e apresentar o relatório final em 15 dias”, afirma.

Sem citar nomes para não comprometer o trabalho da comissão, a lisura do processo e a investigação, o procurador garante que a servidora suspeita foi afastada de suas funções. A comissão apurou que a ex-servidora era habilitada para trabalhar com seguro desemprego, e se aproveitou de tal situação para cometer a fraude. “Essa pessoa confessou o crime na Câmara Municipal através de termo de declaração e agora tenta envolver o secretário adjunto Eduardo Rauen, dizendo que agia a mando dele, na tentativa desesperada de safar-se da culpa”, disse Mirton Moraes.

Além da ex-servidora suspeita, a PGM ouviu os secretários, Antônio Geraldo Affonso e Eduardo Rauen, funcionários da Semdestur e trabalhadores que buscavam o seguro desemprego, entre eles, um que seria beneficiado com a fraude. “É importante frisar que o Dr. Mauro não concorda com qualquer tipo de ato ilícito e determinou que todas as providências fossem tomadas para esclarecer os fatos e punir os culpados”, enfatiza o procurador.

Ele declara que tão logo os fatos vieram à tona, no mesmo dia foi instaurada a sindicância e acionados os órgãos competentes, como Ministério Público Federal, Ministério do Trabalho e Polícia Federal. “Fui pessoalmente a Polícia Federal pedir providências”, informa. A então servidora apontada como autora da fraude foi exonerada do cargo comissionado que exercia. A sindicância ainda apura possível envolvimento de servidores efetivos.

A Fraude

Tudo começava com a venda de senhas (desviadas) ao preço de R$ 20 para pessoas que não enfrentavam a fila de atendimento. Logo em seguida essas pessoas eram abordadas e a elas era oferecida a fraude, onde poderia ser aumentado o valor do seguro desemprego e o número de parcelas mediante pagamento de “propina” no valor de R$ 50, sendo que tais pessoas eram encaminhadas diretamente a ex-servidora que consumava a fraude.

 

 

Por Augusto José | Fotos: Frank Néry

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