É muito difícil não compreender. “Não há nunca suficiente solidão ao redor de quem escreve” (Franz Kafka).
AGRICULTURA FAMILIAR RECEBE MAIS DE R$ 160 MILHÕES DE INVESTIMENTOS EM 2018
A Secretária de Agricultura do Estado de Rondônia divulga que 2018 será excelente para a agricultura familiar. A afirmação deriva de que a aplicação de investimentos na agricultura familiar deverá ser acima de R$160 milhões, com os quais estão sendo adquiridas patrulhas agrícolas para recuperação e conservação de estradas vicinais e implementos para mecanização de lavouras, que vão melhorar o manejo do solo para culturas e pastagens no Estado. Os equipamentos, que contam com contrapartida do Governo de Rondônia, estão em fase de licitação na Superintendência de Licitação (Supel) e são provenientes de uma emenda coletiva da bancada federal rondoniense formalizada num convênio entre o Ministério da Defesa, por meio do Programa Calha Norte, ainda em 2016. São patrulhas agrícolas compostas por tratores de pneus, grades de arados e carretas agrícolas; e patrulhas mecanizadas, compostas por escavadeiras hidráulicas, pás carregadeiras, moto-niveladoras e retroescavadeiras, além de veículos como caminhões e ônibus. Serão 440 tratores, 440 grades e 440 carretas; 28 moto-niveladoras; 14 escavadeiras hidráulicas; 47 pá-carregadeiras; 43 retroescavadeiras; 87 caminhões caçamba; 4 caminhões carga-seca; 2 micro-ônibus adaptados; e 8 micro-ônibus normais. Dos cerca de 120 mil estabelecimentos rurais existentes no Estado, 85% deles são de base familiar, com áreas de até 100 hectares, com cerca de 90 mil famílias responsáveis pela produção de 70% dos alimentos que chegam às mesas da população rondoniense. Paralelo ao Projeto Calha Norte, estão sendo adquiridos ainda, com recursos do Ministério do Desenvolvimento Social (MDS), na ordem de R$9 milhões de reais, 39 caminhões 3×4 e câmaras frias, que serão repassados às prefeituras para melhoria no transporte e acondicionamento dos produtos do Programa de Aquisição de Alimentos (PAA). Este programa possibilita uma renda extra ao agricultor familiar e estimula a diversificação das culturas, além de proporcionar a doação dos produtos para fortalecer a alimentação de populações em situação de risco alimentar. Em suma, é o maior volume de investimentos já realizados para a consolidação do setor rural.
BASA COMEMORA SUCESSO DO AMAZÔNIA FLORESCER
O Basa (Banco da Amazônia) comemora os 10 anos de atuação do programa Amazônia Florescer, conhecido como Microcrédito Produtivo Orientado, que já aplicou mais de R$ 500 milhões na região Norte neste período. O programa é uma espécie de “empréstimo coletivo” para empreendedores autônomos como ambulante, comerciantes e feirantes do meio urbano ou rural que trabalham por conta própria e que têm dificuldade de acessar empréstimos pelos bancos por falta de garantias reais. Segundo informado dos R$ 500 milhões investidos, mais de R$ 33 milhões foram aplicados somente no Amazonas com um número superior a 18 mil atendimentos, conta o gerente de Pessoa Física do Banco da Amazônia, Misael Moreno. “Até o momento, ao todo, mais de 260 mil microempreendedores populares já foram atendidos pelo programa em 10 anos. Entre as principais atividades financiadas pelo programa destacam-se o comércio, em seguida, serviço e produção”. Para participar do programa, os empreendedores precisam estar ligados as atividades de mercearia, mercadinho, feirante, lanchonete, armarinho, comidas típicas, restaurante, venda de açaí, venda de cosméticos, confecções, fruteiras, açougues, peixarias, padarias, movelaria, artesanato, salões de beleza, oficinas, costureiras, sapateiros, chaveiros, entre outros. “A inscrição acontece do seguinte modo, os interessados precisam criar um grupo de três a 10 empreendedores com atividades afins, que se conheçam, confiam e cooperam entre si, com o objetivo de obter crédito e crescer juntos. Neste processo, todos do grupo se responsabilizam conjuntamente pelo crédito. Residir ou trabalhar no bairro há pelo menos um ano, ter uma atividade há pelo menos um ano, ter idade mínima de 18 anos; e apresentar cópia do CPF, RG e comprovante de residência são alguns dos critérios exigidos pelo Basa para participar do programa. Os interessados devem procurar a agência mais próxima do banco para obter mais informações.
NORTÃO SE MOBILIZA PELA FICO
Os vereadores da região norte, o espaço denominado de “Nortão”, se mobilizam para que a construção dos trilhos da ferrovia da Integração Centro-oeste (Fico) saia do papel. O vice-presidente da Câmara de Sorriso, vereador Maurício Gomes, anuncia que no próximo dia 15 de janeiro estará em Cuiabá para participar de uma reunião na presidência da Assembleia. A expectativa é de que todos os deputados e vereadores da região estejam na Capital para mobilização política pró-ferrovia. Integrando os trilhos de um projeto maior chamado de Ferrovia Transcontinental – ou Bioceânica -, a Fico está projetada com cerca de 1,6 mil km. O traçado sai de Vilhena (RO) e chega até Uruguaçu (GO), sendo que a maior parte desse trecho (1,5 mil km) fica dentro de Mato Grosso. Segundo o parlamentar, a obra ficaria em torno 6,1 bilhões e já contaria com recursos do Programa de Aceleração do Crescimento (PAC) 2. A mobilização também tem apoio da Câmara de Nova Ubiratã, presidida pelo vereador Eder Machado. “O que falta agora é o empurrão político. As Câmaras estão conclamando os deputados e senadores para alavancar a obra. Já temos esse recurso para a ferrovia que irá gerar empregos diretos e indiretos no Estado”. O vereador afirma que a obra é essencial para a melhoria no escoamento da produção agrícola do Estado. A expectativa, de acordo com Maurício, é que a reunião conte com a participação do governador Pedro Taques (PSDB), além de senadores e deputados federais de Rondônia e Goiás.
REBAIXAMENTO DA NOTA BRASILEIRA NÃO INFLUI NOS INVESTIMENTOS
O professor Reginaldo Gonçalves, coordenador do Curso de Contabilidade da Faculdade Santa Marcelina (Fasm), salientou que rebaixamento da nota brasileira pela agência internacional de risco Standard&Poor’s é justificado, mas, que não prejudicará investimentos estrangeiros, pois, é crescente o interesse de empresas pelo mercado nacional. Depois de uma breve euforia pela inflação anual de 2017 abaixo do centro na meta, ou seja 2,95%, e justificando a retomada da economia, em nada foi surpresa para o mercado, já que o comprometimento do Banco Central foi de uma inflação entre 2,5% e 6,5% ao ano, disse o professor, explicando: – O que houve, na realidade, foi uma pressão por falta de consumo significativa que fez com que os preços fossem pressionados para baixo, somente não valendo para os administrados, que continuam em alta ascendente. Para Gonçalves, a retomada tímida do crescimento foi muito aquém da necessidade de recuperação, embora, nos últimos meses, houvesse pequena melhora, motivada, porém, pela demanda reprimida e o consumo do período natalino e de final de ano. Entretanto, pouca reação se viu com relação aos mais de 12 milhões de desempregados, muitos dos quais ainda enfrentam o subemprego para sobreviver.
Autor: Sílvio Persivo
Professor e economista da Unir/RO
Contato: [email protected]
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