A designação é concedida a aliados próximos que têm relações de trabalho estratégicas com a Casa Branca
Os Estados Unidos pretendem firmar um acordo com a Colômbia para que o país latino se torne um aliado “extra” da Organização do Tratado do Atlântico Norte (Otan). O anúncio foi feito pelo presidente Joe Biden na quinta-feira 10 ao presidente colombiano, Iván Duque, durante conversas na Casa Branca.
A designação extra-Otan é concedida pelos EUA a aliados próximos que têm relações de trabalho estratégicas com Washington, mas não são membros da aliança.
Com a designação oficial, o país, que já tem o status de “parceiro global” da aliança desde 2017, fortaleceria ainda mais sua associação bilateral e multilateral.
Os EUA consideram a Colômbia um país-chave em uma região turbulenta. Atualmente, o território colombiano abriga 1,9 milhão de migrantes da vizinha Venezuela.
A Argentina ganhou esse status em 1998 e o Brasil em 2019. Fora da região, outros 14 países também têm o status de aliado preferencial extra-Otan.
“A Colômbia é o eixo de apoio” do Hemisfério Sul, disse Biden a Duque. Os dois líderes não forneceram detalhes sobre o modelo esperado.
A reunião entre Biden e Duque aconteceu dias depois das negociações entre altos funcionários dos EUA e representantes do presidente venezuelano, Nicolás Maduro, em Caracas. O encontro levantou suspeitas na Colômbia, que tem relações tensas com a Venezuela, o aliado mais próximo da Rússia na América do Sul.
Depois do encontro, Biden disse que as duas nações se comprometeram a “apoiar a restauração da democracia” na Venezuela.
“Manteremos nossa mesma política externa, condenando a ditadura, chamando Nicolás Maduro pelo que ele é, um criminoso que cometeu crimes contra a humanidade, e continuaremos apoiando os irmãos da Venezuela na Colômbia com fraternidade”, disse Duque a jornalistas.
FONTE: REVISTA OESTE
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