A Polícia Federal realiza na manhã desta quarta-feira (15) uma operação para apurar um suposto pagamento de propina no processo de licitação para as obras da Arena Castelão, em Fortaleza. O ex-ministro Ciro Gomes e o senador Cid Gomes estão entre os alvos da investigação.
Segundo a PF, há indício de pagamento indevido de R$ 11 milhões para favorecer a empresa responsável pela reforma, ampliação, adequação, operação e manutenção do estádio. A suposta exigência de propina e o pagamento a agentes públicos teriam ocorrido entre os anos de 2010 e 2013. A arena foi uma das 12 sedes da Copa do Mundo de 2014, realizada no Brasil.
Os policiais cumprem 14 mandados de busca e apreensão em endereços de Fortaleza, Meruoca e Juazeiro do Norte, no Ceará, em São Paulo, Belo Horizonte, em Minas Gerais, e em São Luís, no Maranhão. Segundo a PF, 80 agentes buscam mídias digitais, celulares e documentos. A determinação foi da 32ª Vara da Justiça Federal.
Segundo a PF, as propinas teriam sido pagas “diretamente em dinheiro ou disfarçadas de doações eleitorais, com emissões de notas fiscais fraudulentas por empresas-fantasmas”. As investigações começaram em 2017.
A PF informou que a corporação vai analisar o material apreendido e avaliar o fluxo financeiro dos suspeitos. Os investigados poderão responder pelos crimes de lavagem de dinheiro, fraudes em licitações, associação criminosa, corrupção ativa e passiva.
Em seu Facebook, o ex-ministro Ciro Gomes afirmou que não tem nenhuma ligação com “os supostos fatos apurados”. “Não exerci nenhum cargo público relacionado com eles. Nunca mantive nenhum tipo de contato com os delatores. O que, aliás, o próprio delator reconhece quando diz que nunca me encontrou.”
Segundo Ciro, a obra na Arena Castelão foi a que teve a maior concorrência, mas a primeira a ser concluída e é “o [estádio] mais barato construído para copas do mundo desde 2002. Ou seja, foi o estádio mais econômico e transparente já feito para a Copa do Mundo”.
FONTE: R7.COM
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