Agrônomo explica que água no fim do ciclo pode prejudicar o grão
Com cerca de 5% da área total já colhida, a safra de 2022 do cereal está atrasada por causa do atraso das chuvas no início do ciclo da soja no ano passado, uma vez que o milho, chamado safrinha, é semeado logo em seguida à colheita da oleaginosa.
Por causa deste deslocamento da safra de milho para mais tarde neste ano, boa parte das lavouras, na casa dos 20%, foi plantada fora da chamada “janela de plantio”, ou seja, extrapolando o período em que a planta tem mais possibilidade de receber toda a água que precisa para produzir adequadamente.
Agora, para a surpresa dos próprios produtores, uma boa chuva chegou à região de Cerejeiras em pleno mês de junho. Nos dias 08 e 09 caíram de 25 a 80 milímetros de água nas lavouras rurais.
A chuva, porém, pode mais atrapalhar que ajudar. “Ajuda para uns poucos talhões para quem plantou muito tarde e o milho ainda está granando, mas atrapalha para quem está para começar a colheita, pois a água pode prejudicar o grão nesta etapa do ciclo produtivo”, diz um dos agrônomos que atuam na região de Cerejeiras.
Seja como for, é consenso que a safra de milho de 2022 poderá ter uma quebra de produção na casa dos 20%, comparada com a produção do ano anterior. Ainda assim, a região de Cerejeiras poderá produzir até 14 milhões de sacas do grão neste ano.
AUTOR/FONTE: Folha do Sul/Rildo Costa
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