Produtores, no entanto, tomam medidas preventivas e evitam ir à cidade
Em meio às medidas de prevenção ao coronavírus no interior do Cone Sul, que incluem fechamento de comércios e isolamento social, o principal setor econômico da região luta para manter a sua rotina: o agronegócio.
De forma simples, os agricultores de soja e milho dividem uma safra em três etapas: plantar, cuidar, colher. No momento atual, os agricultores do Cone Sul estão na fase de “cuidar” da lavoura de milho. É neste momento, por exemplo, que os produtores rurais aplicam defensivos e inseticidas nas lavouras.
O agricultor Claudiney Demarco afirma que está mantendo a rotina diária da propriedade no município de Cerejeiras, mesmo com as medidas preventivas adotadas por todo o mundo contra o coronavírus. “As atividades no campo não paratam e não podem parar. Se nós pararmos, o caos se instala de vez”, diz o produtor. (O agricultor enviou a foto da lavoura de milho dele que ilustra esta reportagem).
Para o presidente do Sindicato Rural de Cerejeiras, Jair Roberto Gollo, o agro não pode parar, mas precisa tomar as precauções. “A nossa orientação é que o trabalho no campo precisa continuar, até porque estamos produzindo alimento. Mas orientamos que todos tomem os devidos cuidados preventivos. Por exemplo, evite ao máximo em ir à cidade”, afirma.
Ainda de acordo com o presidente do Sindicato Rural de Cerejeiras, o agro não pode parar. “Não tem como parar. As granjas precisam continuar produzindo frango. Os produtores de leite precisam continuar ordenhando. O agro produz alimento. Se parar, aí vamos agravar o caos. É continuar trabalhando com prevenção”, diz.
Embora os agricultores tentem manter a rotina, segundo apurou o FOLHA DO SUL ONLINE, o ecossistema em torno do agronegócio não pode dizer o mesmo. Os representantes comerciais de insumos agrícolas, por exemplo, estão tendo dificuldades de acesso às propriedades, devido às medidas preventivas tomadas pelos próprios agricultores, que evitam receber gente de fora nesta época. Por isso, os hotéis de Cerejeiras, por exemplo, pararam de receber hóspedes do agronegócio nesta semana.
FONTE: Folha do Sul /Rildo Costa
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