Esporte

CBF oficializa Dunga e justifica escolha por números

Dunga está realmente de volta. Nesta terça-feira, a CBF oficializou o que já era considerado certo nas bastidores do futebol nacional. Treinador da Seleção Brasileira entre 2006 e 2010, Carlos Caetano Bledorn Verri, o Dunga, retorna ao cargo de maneira surpreendente para o próximo ciclo. Ele foi apresentado por José Maria Marin, presidente da entidade, Marco Polo Del Nero, seu vice e sucessor eleito, e ainda Gilmar Rinaldi, coordenador geral de seleções.

“É um atleta que foi campeão do mundo, foi capitão de uma seleção campeã e demonstrou capacidade para dirigir a Seleção Brasileira”, disse José Maria Marin, presidente da CBF. “Isso ficou demonstrado através de números, não apenas de palavras, de que possui todos os requisitos e capacidade para dirigir novamente a Seleção Brasileira”, acrescentou Marin.

Marin anuncia Dunga como novo técnico da Seleção

“Foi uma escolha feita através da participação de todos que estão aqui nesta mesa, numa demonstração de unidade e total integração visando grandes conquistas no futuro. Um homem experimentado, tanto no campo como fora dele. E todos nós aqui desta mesa depositamos total confiança na sua competência e capacidade de trabalho”, descreveu Marin sobre Dunga.

Anunciado na quinta-feira passada, Gilmar foi o responsável direto pela escolha do novo treinador. Companheiros na Seleção que venceu a Copa de 94, Dunga e ele, dois gaúchos, têm amizade há décadas. Foi o dirigente recentemente contratado pela CBF que resolveu dar uma nova oportunidade ao técnico que acabou dispensado após o Mundial da África do Sul.

Campeão da Copa América 2007, líder das Eliminatórias Sul-Americanas e campeão da Copa das Confederações, Dunga comandou a Seleção que acabaria eliminada pela Holanda nas quartas de final da Copa 2010. Mesmo assim, deixou o cargo com aproveitamento de 76,6% nos 60 jogos disputados. Foram 42 vitórias, 12 empates e seis derrotas.

Cobiçado por uma série de clubes e países durante três anos, Dunga teve apenas um trabalho desde a saída da Seleção Brasileira. Ele assumiu o Internacional para a temporada 2013 e, apesar do título gaúcho, foi demitido no início de outubro. Sem o Beira-Rio à disposição e mesmo com desavenças internas, o treinador teve aproveitamento de 59,8%. Foram 26 vitórias, 19 empates e nove derrotas.

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Convidado por Gilmar Rinaldi quando já tinha um acerto encaminhado para dirigir a Venezuela, Dunga terá calendário cheio pela frente. Além da disputa das Eliminatórias a partir de 2015, o Brasil irá enfrentar duas edições da Copa América – no Chile, também em 2015, e nos Estados Unidos, em 2016, com seleções da Concacaf. Caso vença em território chileno, automaticamente jogará a Copa das Confederações de 2017, na Rússia.

A reestreia de Dunga pela Seleção Brasileira já tem data, local e adversários definidos. No próximo dia 5 de setembro, o Brasil pega a Colômbia em Miami, no Estádio Sunlife. O jogo seguinte é diante do Equador, em 9 de setembro, no Estádio MetLife, em Nova Jersey. Ambos os compromissos ocorrem às 22h (de Brasília).

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Gomes Oliveira

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