Interior

Castigada por restrições, Pimenteiras do Oeste tenta manter turismo para “voltar com tudo” após a pandemia

A população do município tem boa parte de sua renda local vinda do turismo.

Talvez nenhuma economia local dos municípios do Cone Sul de Rondônia tenha sido tão afetada pela pandemia de Covid-19 quanto a de Pimenteiras do Oeste. A razão é simples: a população do município tem boa parte de sua renda local vinda do turismo.

No último domingo, a reportagem do FOLHA DO SUL ONLINE foi a Pimenteiras para verificar como está a situação neste momento crítico, em que houve uma pequena abertura em relação às restrições de atendimento de pessoas em empreendimentos como bares e restaurantes, mas há certa preocupação com uma “terceira onda” de contaminação pelo vírus na região.

A pousada onde a reportagem ficou está funcionando normalmente – com restrições. O empreendimento, que oferece comida caseira a base de peixe e cozinhada em fogão a lenha com panelas de barro, é um ponto de apoio para o turismo de pesca no município. Ficando bem à margem do rio Guaporé, a pousada oferece também serviços de barco, por R$ 300,00 a diária, com direito a um “piloteiro”, mas a gasolina fica por conta do turista. Se o passeio passar das 18h, o piloto do barco também cobrará horas extras.

O dono da pousada, que não quis se identificar, diz que, aos poucos, o movimento está voltando.

Mas, conforme confirmou a reportagem, todas as prevenções estão sendo tomadas pelo empreendimento. Na hora do almoço, por exemplo, os frequentadores foram orientados a usar máscara para se aproximar do fogão para colocar a comida no prato. As mesas também estão distanciadas uma das outras. Frascos de álcool em gel estão à vontade nos balcões. Os frequentadores firam um longe do outro, evitando contato.

Além de pousadas, o município conta com ranchos, lanchonetes e restaurantes para atender o turista. Existe também uma infinidade de propriedades particulares que servem como “casas de praia” por moradores mais abastados de outros municípios. Há também barcos hotéis, que oferecerem hospedagens para o turista que queira pernoitar sobre as águas.

A atividade turística mais afetada pela pandemia no município é mesmo o famoso e badalado Festival de Praia, que acontece todos os anos, em meses mais secos, que vão de agosto a outubro (geralmente setembro).

No ano passado, o festival foi cancelado. Neste ano, a esperança de ser realizado já foi de água abaixo.

Segundo explicou o secretário municipal de Turismo e Meio Ambiente de Pimenteiras, Pablo Leandro, o plano é fazer algo mais simplificado. “Estamos pensando em fazer um torneio de pesca em novembro deste ano. Mas ainda não temos uma posição sobre isso, pois depende do andamento da pandemia até lá”, disse o secretário ao FOLHA DO SUL ONLINE por mensagens de celular.

O secretário de Turismo do município também revelou que a ação em prol do setor continua, mesmo na pandemia. “Estamos aproveitando o momento em que tivemos de paralisar as ações e nos dedicamos a fazer um mapa turístico do município para quando essa fase passar a gente poder fazer bem mais coisas”, explicou o secretário.

A pandemia castigou severamente o turismo no município, como já foi ressaltado nesta reportagem. No auge da primeira onda de contaminações, a Prefeitura de Pimenteiras do Oeste chegou a montar barreira de acesso à cidade, praticamente vetando a presença de turistas. Mortes e contaminações foram contabilizadas no município, que tem pouco mais de 1.200 habitantes.

Apesar das restrições severas e do cancelamento das festividades turísticas, o município de Pimenteiras do Oeste continua sendo um lugar atrativo e que vale a pena ir.

Embora seja difícil estimular o turismo numa época como esta, em que a humanidade ainda está lutando contra uma doença perigosa, é prudente dizer também que, caso o visitante tome os devidos cuidados e aceite os limites impostos pelas prevenções ao novo Coronavírus, não há problema em visitar este ponto turístico na atual conjuntura.

Com um olho na exuberante natureza e outro nas medidas preventivas, o turismo no menor município do Cone Sul ainda é possível, dependendo mesmo é do bom-senso dos frequentadores.

FONTE/AUTOR: Folha do Sul/Rildo Costa

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