O corpo do bioquímico aposentado Francisco Moreno, de 65 anos, foi encontrado na madrugada desta quinta-feira (28) em matagal na zona rural de Jaru (RO), município distante cerca de 290 quilômetros de Porto Velho. A vítima estava desaparecida desde sábado (23), mas a pedido da polícia, a família não expôs o caso. O suspeito do crime, um jovem de 20 anos, se entregou e apontou a localização do corpo. O corpo tinha algemas nos braços e estava carbonizado. A namorada do suspeito, uma adolescente de 16 anos, foi apreendida na capital.
Após a família registrar o desaparecimento do aposentado, a polícia começou as investigações e rastreou o cartão de crédito e o veículo da vítima que estavam sendo utilizados pelos suspeitos. Além disso, a polícia apurou que o jovem esteve num posto de gasolina e um frentista ouviu gritos da vítima no porta-malas. “A filha da vítima tirou extratos e viu que estava sendo sacado dinheiro da conta. No posto, o rapaz se desesperou e fugiu sem terminar o abastecimento”, explica o delegado Renato Batistela Cavalheiro.
Depois de identificar os suspeitos, a polícia foi à casa do rapaz e encontrou uma calça com mancha de sangue. O material foi apreendido e encaminhado para análise para saber se é o sangue da vítima. Após o crime, o casal esteve em Ouro Preto do Oeste, Guajará-Mirim e por último em Porto Velho. Através de contato telefônico, policiais militares conseguiram convencer o jovem a se entregar.
O jovem voltou para Jaru e levou os policiais até o local onde a vítima estava. O suspeito contou à polícia que teve uma discussão com o bioquímico no sábado e que uma pancada no homem. “O rapaz disse que não sabia se a vítima estava morta. Colocou-o algemado no porta-malas e o deixou na mata. Ele não assume que colocou fogo. Aguardamos o laudo da perícia para saber os motivos da morte e já pedimos a prisão temporária dele e a internação da menina”, conclui o delegado.
A adolescente foi apreendida em Porto Velho e já foi encaminhada para Jaru. Do lado do corpo do bioquímico foi encontrada uma bainha de facão. A Polícia Civil trabalha com a hipótese de latrocínio, mas ainda não concluiu as investigações.
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