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Casa Branca anuncia novo alívio de sanções a Cuba

Medida relaxa normas para viagens individuais de americanos à ilha caribenha

WASHINGTON — A alguns dias da visita do presidente americano Barack Obama a Cuba, os EUA anunciaram o alívio de mais restrições à ilhamax2 caribenha. A medida permite maior acesso de cubanos a instituições financeiras americanas e relaxa as normas para as viagens de americanos a Cuba.

Com a mudança, os cubanos poderão abrir contas em bancos americanos, além de autorizar aqueles que vivem no país a ganhar um salário ou compensação de empresas nos EUA, aplicando as mesmas regras já estabelecidas para imigrantes de outros países. As novas regras ainda facilitam a utilização da moeda americana em transações financeiras — uma demanda já antiga de autoridades de Havana.

As emendas também autorizam que indivíduos americanos visitem o país comunista para “viagens educativas de pessoas a pessoas”, segundo um comunicado emitido pelos departamentos de Tesouro e de Comércio dos EUA. Até então, americanos só tinham permissão para fazer visitas educacionais a Cuba em grupos de turismo — e, com a revisão desta terça-feira, poderão viajar sozinhos.

“Os passos de hoje se constroem sobre as ações dos últimos 15 meses enquanto nós continuamos a quebrar as barreiras econômicas, empoderar o povo cubano, avançar em suas liberdades financeiras e traçar um novo rumo nas relações entre os EUA e Cuba”, afirmou o secretário de Tesourou americano, Jacob Lew, em comunicado.

Este é considerado um dos episódios mais significativos da série de mudanças no processo para normalizar as relações diplomáticas entre os dois países iniciado em dezembro de 2014.

Dez passos do degelo nas relações entre EUA e Cuba
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Na Casa Branca, Obama conversa por telefone com Raúl Castro na presença de Ben Rhodes e Ricardo Zúñiga Foto: Casa Branca
Conversas secretas

Durante um ano e meio, Barack Obama e Raúl Castro se aproximaram em conversas secretas, debatendo etapas que seriam possíveis para restaurar os laços diplomáticos rompidos no início da década de 1960. No dia anterior ao histórico anúncio do degelo, Obama foi fotografado na Casa Branca conversando ao telefone com o par cubano.

FUTURO DE MUDANÇAS

Em entrevista à rede “CNN” divulgada na segunda-feira, Obama se mostrou convencido de que o próximo governo americano levantará o embargo a Cuba. No próximo dia 21 de março, o presidente desembarcará na ilha governada por Raúl Castro — em um gesto histórico que marca a primeira visita de um presidente americano ao território cubano em 88 anos.

— Minha previsão firme é que, em algum momento, o governo do próximo presidente, seja ele democrata ou republicano, derrogará o embargo — disse o presidente, que está em seu último ano de mandato. — Faz sentido para nós poder vender em Cuba, fazer negócios com os cubanos, mostrar-lhes nossas práticas comerciais e como tratamos os trabalhadores em assuntos de direitos humanos. Isso ajudará a produzir os tipos de mudanças necessárias.

Imposto em 1962 por Washington, o embargo estabeleceu duras restrições às relações comerciais entre os dois países — e só pode ser retirado pelo Congresso americano, atualmente dominado pela oposição republicana.

Fonte: oglobo

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Gomes Oliveira

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