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Carnaval vira festa de incompetência e decisões inacreditáveis de autoridades brasileiras

O vírus, pelo jeito, continua dando as cartas e, muitas das nossas autoridades não têm a menor ideia de como enfrentar este jogo corretamente

O carnaval se aproxima e há, país afora, ainda muitas dúvidas sobre se os festejos serão ou não realizados, até pelo recrudescimento da pandemia. Pelo menos 17 Capitais e três cidades brasileiras com carnaval dos mais quentes, já anunciaram que não permitirão o carnaval de blocos, o tradicional carnaval de rua. Dentre esses o Rio e São Paulo, mas que, para surpresa geral, vão autorizar os desfiles das escolas de samba, como se o vírus comparecesse a uma das concentrações e se negasse a se espalhar em outra. Coisa de malucos, mas bem típica dos governantes brasileiros, muitos deles, aliás, completamente perdidos em relação ao combate à pandemia e aos cuidados que se deve ter com ela. Num ano eleitoral, proibir o carnaval pode ser golpe de morte em alguns interesses e, por isso, o desespero de governantes e prefeitos em tomarem a decisão. Além disso, a festa de Momo é um momento de grande faturamento e crescimento da economia. Tudo tem sido colocado na balança, mas a verdade é que, ninguém combinou nada com o vírus e suas novas cepas, incluindo a Omicron, altamente contagiosa, embora não mortal. Porto Velho, por exemplo, Capital dos rondonienses, serve como exemplo claro da confusão que se formou em relação ao Carnaval. Primeiro, o maior bloco carnavalesco da região norte, a Banda do Vai Quem Quer, já anunciou há várias semanas que não desfila pelo segundo ano, por causa da pandemia. A Associação das Escolas de Samba também já se posicionaram contra os desfiles e caíram fora. Mesmo assim, a Prefeitura ainda não anunciou oficialmente, ao menos até agora, se vai autorizar a saída de blocos e como funcionarão as festas privadas, que, sim, as haverá às dúzias, por aqui e, aos milhares, Brasil afora. Aliás, é bom que diga que apenas duas capitais (Cuiabá e o Distrito Federal), já tomaram posição concreta: sem carnaval de rua e sem desfiles de escolas de samba.

Carnavais que atraem multidões, fora do Rio, como Salvador e Recife, já decidiram que não farão suas gigantescas festas, mas estão “analisando” autorizações para festividades privadas e eventos, como se acabando com uma festa e autorizando outras, se poderá controlar a vontade do vírus, que escolheria atacar em algum evento, mas não em outros, aqueles autorizados pelo Poder Público. Belém, Belo Horizonte, Campo Grande, Curitiba, Florianópolis, Fortaleza, Goiânia, Macapá, Maceió, Manaus, Natal, Recife, Salvador, São Luiz são capitais que já cancelaram parte do carnaval, mas devem autorizar multidões em festas alternativas. Isso vai impedir o vírus de se espalhar.  O caso é tão complexo que capitais como Aracaju, Boa Vista, João Pessoa, Goiânia, Rio Branco e Vitória, ainda analisam o assunto, sem terem a menor ideia do que vão autorizar ou não, ao menos até agora. O vírus, pelo jeito, continua dando as cartas e, muitas das nossas autoridades não têm a menor ideia de como enfrentar este jogo corretamente.

ESCOLAS ESTADUAIS E MUNICIPAIS DE PORTO VELHO RETORNAM DIA 9. NO ESTADO, TODAS AS AULAS SERÃO PRESENCIAIS

Nove de fevereiro. Exatamente daqui a 27 dias, a partir desta quinta-feira, dia 12, recomeçam as aulas em Rondônia e também nas escolas municipais de Porto Velho. Haverá, contudo, uma diferença entre os dois retornos. Nas escolas do Estado, retornarão 100 por cento dos alunos para as aulas presenciais, com todos os protocolos de segurança (termômetros, álcool gel e distanciamento). Nas escolas municipais, contudo, ao menos até agora a informação é que o sistema continuará sendo híbrido, ou seja, parte dos estudantes participarão das aulas presenciais e parte das aulas à distância, pela internet. A posição dos pais é que deve definir quem vai e quem não vai à escola. Os preparativos para o retorno à normalidade, dentro das escolas estaduais, já vem há meses. Desde agosto, quando o retorno presencial começou, aos poucos, foram registrados muito poucos casos de Covid e, onde eles ocorreram, a escola do contágio deixou de funcionar, presencialmente, durante alguns dias. Nenhum caso grave foi constatado. Já retornaram no ano passado, de forma presencial, mais de 50 mil estudantes da rede do Estado. Os demais cerca de 150 mil voltam a partir do dia 9. Já a rede municipal tem perto de 45 mil vagas, mas este número pode crescer ainda mais, com as novas matrículas que já estão ocorrendo. No Estado, são aproximadamente 9.930 professores e na Capital, cerca de 3.400.

FÉ, CONTROLE DO VÍRUS, OTIMISMO PARA A PRÓXIMA DÉCADA E UM PAÍS MAIS JUSTO, SEM CORRUPÇÃO: SONHOS DOS BRASILEIROS

Vale a pena, até para detalhar o que o brasileiro anda pensando, mais detalhes da grande pesquisa em todo o país, encomendada pela Febraban, a Federação Nacional dos Bancos. Vários resultados referem-se especificamente à região norte, mas a maioria deles está mesmo ligada ao pensamento da média do que a população comum pensa. Especificamente sobre nossa região, um dado interessante: o controle da pandemia do Coronavírus é motivo de satisfação para 37 por cento dos nortistas. Outra informação interessante: numa projeção para os próximos dez anos, mais da metade da população entrevistada, na região Norte (66 por cento), acha que o Brasil estará melhor do que hoje em dia. Para 13 por cento dos entrevistados, o país estará pior no período de uma década. Outros 9 por cento não acreditam em mudança, acham que vai continuar igual. No campo do desejo, a população do Norte do Brasil (com vários entrevistados em Rondônia), espera principalmente um país mais justo, com menos desigualdade social (58 por cento); sem corrupção (40 por cento); com menos desmatamento e com a Amazônia protegida (28 por cento); e um Brasil com economia forte (19 por cento). Em nível nacional, respondendo a pergunta de múltiplas respostas, metade dos entrevistados (50 por cento) aponta a fé como a característica mais positiva dos brasileiros. Outros 33 por cento, acham que a criatividade é o traço mais marcante da população, enquanto a capacidade de superação foi mencionada por 24 por cento das pessoas. A solidariedade (23 por cento) e a alegria dos brasileiros (23 por cento) vêm a seguir. A disposição para o trabalho (18 por cento) também foi lembrada. Será que a pesquisa retrata a realidade do que pensa a imensa maioria de brasileiros?

EM PLENO SÉCULO 21, AINDA VIVEMOS DIAS DE TERROR, COM A VIOLÊNCIA IGUAL A DO VELHO OESTE 

De vez em quando, notícias envolvendo conflitos agrários e guerra das invasões de propriedade, em pleno século 21, parecem nos remeter ao Velho Oeste americano, de meados do século 19. Toda a semana, se descobre novos fatos, mais violência, mais ataques a fazendas e, de vez em quando casos escabrosos, como o que está sendo investigado pelas polícias de Jaru e Ariquemes, envolvendo uma operação que levou a campo mais de 50 policiais. Chamada de Operação Erva Daninha, a ação tem como objetivo localizar os restos mortais de Flares Rogério de Souza e Jonathan da Silva Ribeiro, desaparecidos desde junho de 2020. Os dois podem ter sido mortos e enterrados na área pertencente à Fazenda Amorim, em Campo Novo de Rondônia. A polícia não deixou claro que a dupla, que teria sido vítima de assassinato, seria participante do grupo invasor ou se dos que defendiam a propriedade. O que assusta é que, em pleno 2021, ainda tenhamos que conviver com este tipo de delito, com grupos de falsos sem terra, fortemente armados, atacando em várias regiões do Estado, até há bem pouco tempo sob os olhares complacentes das nossas autoridades. Agora, contudo, ao menos há alguma reação, mas, ainda, muito longe do que deveria ser feito. Invasores que agem como terroristas, precisam ser tratados, pela lei, como terroristas e não como pobres vítimas da sociedade.

GASOLINA COM PREÇO CONGELADO NÃO PASSOU APENAS DE UM SONHO DE VERÃO!

Chegou a haver uma pequena esperança, um sonho de verão, mas ele foi por água abaixo. Depois de menos de três semanas com o preço dos combustíveis mantidos, a Petrobras anunciou novo reajuste, o primeiro do ano, tanto para gasolina quanto para o óleo diesel. Não houve, ao menos até a quarta-feira, informações sobre aumentos para o gás de cozinha, mas certamente haverá, em breve. Em Porto Velho, o preço médio da gasolina, que estava na faixa de 6,59, deve passar para algo próximo a 6.80, com este novo preço. Tanto proprietários de veículos como os donos de postos arrancam os cabelos. Uns, porque estão pagando muito caro. Outros, os que abastecem os carros, motos, caminhões, ônibus e outros veículos, porque a margem de lucro não aumenta, mas as vendas continuam diminuindo. O governo federal diz que enquanto o dólar estiver oscilando para cima, continuaremos enfrentando este problema, que é internacional, pelo aumento constante do barril de petróleo. Prova disso é que o custo dos combustíveis ao consumidor final, nos Estados Unidos, onde eles sempre foram baratos, deram um salto, a tal ponto do governo americano mexer na sua reserva de petróleo, tentando amenizar a situação para os consumidores. Enquanto nossos combustíveis forem corrigidos pelo dólar, estaremos ferrados. Lamentável! 

CRIMINOSO CONDENADO POR TRÁFICO É PROTEGIDO POR DECISÃO JUDICIAL E PODE FAZER CONCURSO PÚBLICO

Para se entender o país em que vivemos e como ele é bondoso com o crime, surge mais um exemplo que, em outros países, considerados sérios, jamais seria motivo de discussão, pela clareza do assunto. Menos para parte da nossa Justiça, claro. O tráfico de drogas, que já foi considerado crime hediondo (durou pouco), foi sendo considerado algo normal, em várias decisões judiciais. Nada de penas mais duras, como se imaginasse que os traficantes, culpados por tantos crimes na nossa sociedade, deveriam cumprir. Agora, um traficante condenado, em liberdade condicional (vejam só a mudança na aplicação das penas), fez um concurso para a Funai e, mesmo sem seus direitos políticos, conseguiu fazer um concurso para a Funai e ser aprovado. Até aí tudo bem, já que ele está solto e, se aceitaram a inscrição, por que não participar do concurso? O problema é que o TRF-1, deu provimento à apelação do candidato, por entender que a execução penal tem por objetivo “proporcionar a reintegração social do condenado”! Decisão judicial se cumpre, mas não se pode lavar as mãos e deixar assim, sem ao menos protestar. Agora o caso está no STF e a Advocacia Geral da União quer participar do julgamento, por entender absurda a aceitação de um criminoso condenado (e ainda mais por tráfico de drogas), sem seus direitos políticos em dia, poder assumir um posto na Funai. Este nosso Brasil, com decisões como essa, do TRF-1, tem jeito? Claro que não tem.

NOVA ONDA DO VÍRUS, AGORA COM A OMICRON ASSUSTA, MAS VIOLÊNCIA DA NOVA CEPA É MUITO MENOR

Continuam aumentando os casos de Covid 19, agora também com a cepa Omicron, muito mais contagiosa, mas menos mortal, assim como crescem as mortes pela grupe H2N3, que assolou Rondônia e várias outras regiões do país. Até o início da semana, já tínhamos perdido 12 vítimas fatais para a gripe, enquanto a Covid já matou, desde a primeira vítima, em março de 2020, nada menos do que 6.765 rondonienses. De uma população aproximada de 1 milhão e 750 mil habitantes, a Covid atingiu nada menos do que 287 mil, ou seja, um em cada pessoas desta terra de Rondon já foi alcançada pelo vírus. Isso representa praticamente 16,5 por cento de cada um dos moradores deste Estado. O percentual de vítimas fatais da Covid, nestes cerca de dois anos, foi de 2,35 por cento sobre o total de contaminados, uma média perto dos números nacionais. Claro que a situação atual é preocupante, mas está longe do auge da pandemia, quando tivemos mais de 850 internados e pelo menos 157 pessoas nas filas das UTIs. Hoje, o total de ocupantes das vagas em nossos hospitais (públicos e privados), acometidos pela doença, é de menos de 120, com cerca de 35 internados nas UTIs. O que ainda não se sabe é se a Omicron, a cepa que veio da África, continuará se espalhando com a velocidade que tem sido registrada e se ela é mesmo muito menos letal, como parece ser. Até agora, há registro de apenas uma vítima fatal pelo novo tipo de Coronavírus, em todo o país. Mas os números de contágios assustam o Brasil e o mundo.

SERIAL KILLER QUE COMETIA CRIMES BRUTAIS EM JI-PARANÁ FOI PRESO EM CUIABÁ

Com condenações iniciais de 40 anos de prisão, depois diminuídas para menos de 27 anos, por crimes que já foram descobertos e suspeita de que outros o serão, um serial killer, que cometeu pelo menos três assassinatos, em Rondônia, foi encontrado e preso em Cuiabá, nesta semana. Os nomes das vítimas não foram revelados, mas a história dos crimes que praticados é assustadora. O assassino agia na região de Ji-Paraná e, embora poucos detalhes dos casos tenham sido revelados pela polícia, ele matava, cortava partes do corpo e as comia, além de beber sangue das vítimas. Um caso tenebroso, cheio de detalhes de terror, mas que aconteceu aqui mesmo no nosso Estado e, ao menos até agora, era desconhecido do grande público. A descoberta do matador ocorreu quando a Polícia Militar de Cuiabá recebeu uma informação anônimo que se escondia no bairro Tijucal, na capital do Mato Grosso. Quando a polícia chegou, o homem apresentou documentos falsos. Toda a sua história foi descoberta ao serem contatadas as autoridades rondonienses. Por enquanto, não foram dadas mais informações sobre o bandido, além do nome (Djalma Figueiredo), de alta periculosidade, que andava pelas ruas, livre, leve e solto. Investigações continuam para descobrir se ele cometeu outros crimes brutais como os jpa descobertos e também se não agiu com a mesma brutalidade na cidade onde estava escondido. As informações, com mais detalhes, podem ser acessadas pelo link https://www.jiparananoticias.com.br/noticia/41854_serial-killer-de-rondonia-que-comia-olhos-e-orelhas-das-vitimas-e-preso-pela-pm-em-cuiaba-usava-documento-falso

PERGUNTINHA

Com a volta do Coronavírus, através da cepa Omicron, que infesta milhões de pessoas (mas mata muito poucas) já dá para sonhar que o pior da pandemia já passou ou você acha que é ainda muito cedo para se chegar a essa conclusão?

FONTE: COLUNA OPINIÃO DE PRIMEIRA –  AUTOR: SERGIO PIRES

  • A Opinião dos colunistas colaboradores são de sua inteira responsabilidade e não reflete necessariamente a posição da Folha Rondoniense

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