A agência de fomento vai investir cerca de R$ 200 milhões nos cursos que têm nota 3 e 4, em áreas indicadas por cada estado
A Coordenação de Aperfeiçoamento de Pessoal de Nível Superior ( Capes ) anunciou, nesta terça-feira, que vai investir R$ 200 milhões, pelos próximos quatro anos, em cursos de mestrado e doutorado. Com os recursos, 1.800 novas bolsas de pós-graduação com foco nos programas com nota 3 e 4 serão ofertadas a partir de março de 2020. A iniciativa é uma parceria da agência de fomento com o Conselho Nacional das Fundações Estaduais de Amparo à Pesquisa (Confap).
Ainda segundo ele, os recursos têm origem em duas frentes: o descontingenciamento de verbas pelo Ministério da Educação (MEC) e a previsão de maior orçamento para a entidade em 2020, “que vêm do Congresso Nacional e do Ministério da Economia”.
— É um momento muito importante para as Faps (Fundações de Apoio à Pesquisa) . A pós-graduação no Brasil evoluiu muito. Somos exemplo mundial, mas as necessidades de hoje são diferentes do início do século. Nós temos que atualizar e fazemos isso através de parcerias. Sozinho ninguém consegue fazer nada bem — afirmou o presidente do Conselho Nacional das Fundações Estaduais de Amparo à Pesquisa(Confap). Evaldo Vilela.
— A Capes tem a missão da internacionalização com foco nos programas de excelência, mas não pode deixar de lado a mitigação de assimetrias estaduais, de atender os programas que estão em fase inicial e que sem o apoio da Capes não conseguem ter musculatura pra chegarem a ser programa com excelência internacional — disse o presidente da entidade, Anderson Correia, durante cerimônia de assinatura do protocolo de intenções.
Segundo a Capes, cada estado, por meio das fundações estaduais de apoio à pesquisa, deverá indicar quais áreas quer priorizar. A partir dessa lista, a Capes vai selecionar os programas de pós-graduação que receberão os investimentos, mas já se sabe que a entidade vai contemplar os cursos com nota 3 e 4 (“bom” e “muito bom” – a escala vai até 7 – e que têm entre cinco e oito anos.
— Cada estado tem a sua particularidade. Colocamos algumas áreas exemplos. Não são fixas, mas energia, já que pensamos num país que tenha autonomia energética em todas as frentes, mobilidade, que é um tema fortíssimo, saúde, meio ambiente, área de gestão, pensando em manufatura, indústria 4.0 e outros temas — exemplificou Anderson.
FONTE: Agência O Globo
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