Apesar da medida, país tem rejeitado a maior parte dos pedidos de visto feitos por venezuelanos. Em 2017, índice de rejeição das solicitações foi de 54%
O Canadá anunciou nesta segunda-feira (19) que aceitará passaportes vencidos apresentados por cidadãos venezuelanos devido à dificuldade de muitos deles de renovar seus documentos.
O Ministério de Imigração e Cidadania do Canadá afirmou em comunicado que os venezuelanos com passaportes vencidos há menos de cinco anos ou perto do vencimento poderão continuar utilizando o documento para solicitar vistos, licenças de trabalho ou estudo e residência permanente no país.
Segundo o ministro de Imigração e Cidadania do Canadá, Ahmed Hussen, a medida foi tomada porque o governo de Justin Trudeau segue preocupado com a crise política e econômica que afeta a Venezuela.
“A incapacidade dos venezuelanos de renovar seus passaportes apresentou problemas significativos que foram destacados nas minhas conversas com membros da comunidade venezuelana no Canadá. Nosso governo está disposto a manter o compromisso do Canadá de apoiar o povo da Venezuela”, disse Hussen.
Apesar das declarações do ministro, o Canadá tem rejeitado a maior parte dos pedidos de visto feitos pelos venezuelanos. Em 2016, o índice de rejeição das solicitações era de 22%, mas subiu no ano seguinte para 54%.
Parte do Grupo de Lima, aliança formada para discutir formas de pressionar o governo da Venezuela, o Canadá é um dos países que mais critica o regime de Nicolás Maduro.
A decisão do Canadá ocorre depois de os consulados venezuelanos tenham deixado de renovar os documentos dos cidadãos do país. A falta de documentos dificulta a renovação dos vistos de estudo e de trabalho já concedidos pelo governo de Trudeau.
Em junho, a Assembleia Nacional do Canadá, controlada por grupos que se opõem a Maduro, aprovou a extensão da validade dos documentos vencidos dos venezuelanos devido às dificuldades dos consulados de renovar os passaportes.
Segundo dados da ONU, mais de 4 milhões de venezuelanos deixaram o país para fugir da crise política, econômica e social.
FONTE: EFE
Add Comment