MUDANÇA – Nos bastidores os movimentos políticos visando às eleições de 2018 já começaram com partidos mudando de mãos. O PPS, por exemplo, deverá sair do domínio do ex-governador João Kaulla e passar para as mãos do deputado estadual Leo Moraes. Essa mudança tem um significado importante para as eleições estaduais, visto que o parlamentar, atualmente filiado ao PTB de Nilton Capixaba, ficará livre, leve e solto para colocar em andamento projetos políticos maiores que conflitam com os do “capo” petebista.
RAPOSAS – A jogada política de Leo é uma sacada de mestre e revela que com o passar dos embates tem amadurecido e preparado para voos mais altos. Embora não confirme publicamente, ele (Leo) projeta disputar uma vaga no Congresso Nacional e necessita construir um grupo sólido, longe das garras das raposas que dominam as legendas, para evitar ficar atrelado aos projetos pessoais desses felpudos devoradores de galináceos.
CACIFADO – Apesar da derrota nas eleições da capital, no segundo turno, Leo Moraes obteve um excelente resultado no primeiro turno de 55.656 mil votos que o habilita à Câmara Alta. Para se ter uma comparação, nas eleições da capital em 2012, quando Mariana Carvalho obteve 41.673 e não conseguiu votos para disputar o segundo turno, saiu das urnas cacifada para disputar uma vaga de deputada federal. Leo ampliou esta votação e hoje passar a ser um forte aspirante à vaga de Lindomar Garçon ou da própria Mariana.
DESGASTE – Tanto Mariana quanto Garçon vão à reeleição com um discurso que pode não encontrar ressonância junto ao exigente eleitor de Porto Velho já que são da base do governo Temer e devem votar nas reformas propostas pelo palácio do planalto. As reformas, em especial a previdenciária, tem sido bombardeada pelo eleitor, em particular aquele oriundo do serviço público. E Porto Velho é o município de maior concentração de servidor público em Rondônia. Portanto, os dois deputados, caso não mudem de posição, sofrerão um desgaste tremendo e perderão o discurso em 2018. Leo só observa de longe o painel de votação do Congresso Nacional para abordar o tema nos discursos da campanha visando uma dessas duas vagas.
OBRAS – Quem aposta num naufrágio político de Hildon Chaves (PSDB) na condução da administração da capital pode tirar o cavalo da chuva. O noviço em cargo político percorre os bairros e abraça os populares com uma desenvoltura de veterano. Nos próximos dois meses deverá iniciar várias obras de pavimentação nos bairros e, no centro da cidade, vai recapear a malha viária e colocar uma resina que dará maior durabilidade na pavimentação. Obstinado pelo que faz, nosso principal alcaide rondoniense avisa aos apostadores que este jogo quem vence é ele. Atualmente as pesquisas indicam que o tucano está ganhando de braçada.
ASSOMBRAÇÃO – Por muito tempo o prédio que abriga nossos zelosos deputados estaduais foi alvo de tantas operações que chegou a ser comparado com uma casa de assombração. Quatro ex-presidentes terminaram sendo fulminados na vida pública e privada e com os desdobramentos jurídicos que todos sabem os resultados. Nos últimos dois anos reina uma certa calmaria que está sendo quebrada com comentários fortes de que a assombração está prestes a retornar ao prédio. O jato desses boatos, segundos fontes, salpicará em velhos e carimbados parlamentares. A conferir!
GRAMPO – A matéria exibida pelo Fantástico de grampo ilegal não surpreende ao mundo político, embora seja tão grave quanto outros crimes. A bisbilhotagem ilegal atenta contra a democracia e contra a intimidade, dois bens jurídicos constitucionalmente protegidos pela nossa carta cidadã mas que um grupo minoritário (e marginal) de agentes públicos insiste em praticar como se os meios justificassem os fins. Em Rondônia já houve autoridade que requereu auditagem em engenhoca que faz este tipo de ilegalidade. Infelizmente sem resultados públicos.
DELAÇÃO – Está provocando o maior burburinho nas hostes petistas a suposta delação premiada do ex-todo-poderoso ministro da Fazenda Antônio Palocci. Não há ninguém que conheça o mínimo dos acordos políticos que deixe de dar credibilidade aos fatos presenciados e operados pelo ex-ministro em favor do PT, dos filiados e dos mandatários. Uma delação de Palocci é nitroglicerina pura em processo que atinge petistas, empresários, sistema financeiro e outros partidos. Eis aíi um operador capaz de tocar fogo no país muito mais que Marcelo Odebrecht. Se a delação do alemão era tida como o fim do mundo, a do italiano é o juízo final.
EVENTO – Entre os dias 1 a 3 de junho, em Porto Velho, o mundo jurídico rondoniense estará envolvido no encontro nacional do Jovem Advogado com temas importantes ao exercício da profissão. É um evento que reunirá vários juristas nacionais e ministros das cortes superiores. Uma promoção do Conselho Federal da Ordem e da Seccional da OAB/RO.
GALO – O médico rondoniense Hiram Galo foi convidado a integrar a Comissão Coordenadora da Cátedra de Bioética da Unesco. Um feito e tanto para um estado com tantas autoridades encrencados.
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